A diferença média de salário entre os brasileiros que têm diploma e os
que não têm era de 219,4% em 2011, segundo dados do Cadastro Central de
Empresas (Cempre), divulgados nesta sexta-feira (24) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE ).
A pesquisa reúne 5,1 milhões de empresas e organizações formais ativas, públicas e privadas, em todo o país.
Segundo a pesquisa, em 2011, 82,9% dos assalariados no país não possuíam
curso superior, enquanto 17,1% tinham graduação. Trabalhadores com
nível superior ganhavam, em média, R$ 4.135,06 por mês, enquanto que os
demais tinham um salário médio de R$ 1.294,70.
De acordo com Denise Guichard, gerente de análise do Cempre, o elevado
percentual de empregados sem nível superior se deve, principalmente, ao
fato de os serviços terem ampliado sua participação na atividade
econômica brasileira. Esse tipo de atividade, em geral, demanda
profissionais menos qualificados.
"O comércio se manteve pelo segundo ano consecutivo como o segmento que
mais gerou empregos formais no país. Esse tipo de atividade costuma
contratar gente com menor nível escolaridade e por isso o percentual
elevado nessa categoria", afirmou.
Na comparação entre homens e mulheres, o levantamento constatou que,
entre 2010 e 2011, o aumento do número de mulheres ocupadas foi superior
ao de homens: 5,7% e 4,7%, respectivamente. Mas os homens ainda são
maioria entre os trabalhadores: 57,7%.
No quesito remuneração, os homens continuam ganhando mais, com salários 25,7%, em média, maiores que o das mulheres.
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SALÁRIO
A pesquisa revelou também que o salário médio do brasileiro cresceu 8,7%
em termos reais (acima da inflação) entre 2008 e 2011. No período foram
gerados 6,8 milhões de novos vínculos empregatícios.
No ano de 2011, o comércio foi o setor que mais absorveu mão de obra. O
segmento foi responsável pela ocupação de 8,5 milhões de pessoas, 18,9%
do total de empregados. A indústria de transformação veio em segundo
lugar, dando ocupação para 8,2 milhões (18,2%), seguida pela
administração pública, com 7,7 milhões (17%).
No mesmo ano, os salário mais altos foram registrados no setor de
eletricidade de gás, com média mensal de R$ 5.567,73, seguido pelo setor
financeiro, de seguros e serviços relacionados, com média de R$
4.213,65 por mês.
Já as piores remunerações foram registradas no setor de alojamento e
alimentação (R$ 858,92, em média por mês), seguido pelo de atividades
administrativas (R$ 1.110,16, em média).
Clique no mapa abaixo para ver os setores com melhor e pior remuneração
em cada região do país. Para acessar o mapa, é preciso estar usando um
dos seguintes navegadores: Chrome, Firefox, Opera ou Safari.
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