quarta-feira, 3 de abril de 2013

Incêndio na Kiss: juiz aceita a denúncia por homicídio doloso de 4 acusados

O juiz Ulysses Fonseca Louzada aceitou a denúncia na íntegra do Ministério Público contra quatro responsabilizados pelo Ministério Público do RS por homicídio doloso pelo incêndio na boate Kiss. O magistrado também defendeu que o caso vá a júri popular em Santa Maria e acatou a denúncia contra outros quatro acusados por falso testemunho e fraude processual. "Reconheço a justa causa para o processamento da denúncia oferecida", afirmou Louzada. Ele também ressaltou que o trabalho do MP foi "irrepreensível".

Louzada também deferiu os pedidos de arquivamento em relação ao gerente da Kiss Ricardo de Castro Pasche, ao secretaário de Proteção Ambiental de Santa Maria Luiz Alberto Carvalho Junior, e ao funcionário da prefeitura Marcus Vinicius Bittencourt Biermann. Ele salientou, no entanto, que, no caso de surgirem indícios que liguem os agentes, o inquérito pode ser retomado. 
Ontem, a Promotoria apontou como responsáveis diretos pelas mortes os dois sócios da casa noturna, Mauro Hoffmann e Elissandro Spohr, o Kiko, e dois dos integrantes da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Augusto Bonilha Leão. Por fraude processual foram denunciados o major Gerson da Rosa Pereira, chefe do Estado Maior do 4º Comando Regional dos Bombeiros, e o sargento Renan Severo Berleze, que atuava no 4º CRB. Por falso testemunho, o MP denunciou o empresário Elton Cristiano Uroda, ex-sócio da Kiss, e o contador Volmir Astor Panzer, da GP Pneus, empresa da família de Elissando - este último não havia sido indiciado pela Polícia Civil. 
Agora, abre-se um prazo de 10 dias para que as defesas dos acusados se manifestem por escrito. Assim que os advogados entregarem seus textos, o Ministério Público tem um prazo de cinco dias para se manifestar. Feito isso e não havendo nenhum contratempo jurídico, as audiências para serem ouvidas testemunhas de defesa e acusação são marcadas. Só depois é que os réus dão seus depoimentos na Justiça.
Terminada essa fase, o juiz pode dar uma sentença de pronúncia (aquela que determina que os réus devem ir a júri popular) ou de impronúncia, ou também pode determinar a absolvição sumária dos acusados ou a desclassificação dos crimes. Seja qual for a decisão, cabe recurso.  
Incêndio na Boate Kiss
Na madrugada do dia 27 de janeiro, um incêndio deixou 241 mortos em Santa Maria (RS). O fogo na Boate Kiss começou por volta das 2h30, quando um integrante da banda que fazia show na festa universitária lançou um artefato pirotécnico, que atingiu a espuma altamente inflamável do teto da boate.
Com apenas uma porta de entrada e saída disponível, os jovens tiveram dificuldade para deixar o local. Muitos foram pisoteados. A maioria dos mortos foi asfixiada pela fumaça tóxica, contendo cianeto, liberada pela queima da espuma.
Homenagens às vítimas da Boate Kiss
Os mortos foram velados no Centro Desportivo Municipal, e a prefeitura da cidade decretou luto oficial de 30 dias. A presidente Dilma Rousseff interrompeu uma viagem oficial que fazia ao Chile e foi até a cidade, onde prestou solidariedade aos parentes dos mortos.
Os feridos graves foram divididos em hospitais de Santa Maria e da região metropolitana de Porto Alegre, para onde foram levados com apoio de helicópteros da FAB (Força Aérea Brasileira). O Ministério da Saúde, com apoio dos governos estadual e municipais, criou uma grande operação de atendimento às vítimas. ​
Quatro pessoas foram presas temporariamente - dois sócios da boate, Elissandro Callegaro Spohr, conhecido como Kiko, e Mauro Hoffmann, e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, Luciano Augusto Bonilha Leão e Marcelo de Jesus dos Santos. Enquanto a Polícia Civil investiga documentos e alvarás, a prefeitura e o Corpo de Bombeiros divergem sobre a responsabilidade de fiscalização da casa noturna.
A tragédia fez com que várias cidades do País realizassem varreduras em boates contra falhas de segurança, e vários estabelecimentos foram fechados. Mais de 20 municípios do Rio Grande do Sul cancelaram a programação de Carnaval devido ao incêndio.
Tragédia em Santa Maria: entenda o incêndio na Boate Kiss<a data-cke-saved-href=" http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/tragedia-santamaria/iframe.htm " href=" http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/tragedia-santamaria/iframe.htm ">veja o infográfico</a>
No dia 25 de fevereiro, foi criada a Associação dos Pais e Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia da Boate Kiss em Santa Maria. A intenção é oferecer amparo psicológico a todas as famílias, lutar por ações de fiscalização e mudança de leis, acompanhar o inquérito policial e não deixar a tragédia cair no esquecimento.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Uma hora de bicicleta queima até 500 calorias


Uma hora de bicicleta queima até 500 calorias title=Foto: SHUTTERSTOCK


Veja outros benefícios da pedalada para o corpo e a saúde

por Redação
Especialistas apontam que em 1 hora de pedaladas é possível perder entre 300 e 500 calorias, mas isso pode variar de acordo com a carga, velocidade e esforço empregados durante o treino. A bicicleta também melhora o condicionamento físico, aumenta a capacidade cardiorrespiratória e ajuda na prevenção e tratamento de doenças como hipertensão,colesterol alto, infarto do miocárdio, entre outras.


Antes de iniciar a atividade, é importante busca a orientação de um profissional de educação física sobre a forma correta de praticá-la, para evitar lesões nos tendões e músculos. Cada corpo tem seu limite.
Veja outros benefícios desse esporte para a saúde:
- Melhora a frequência cardíaca: A intensidade de um exercício é controlada pela intensidade do batimento cardíaco. Sendo assim, durante o treino com a bicicleta é possível fortalecer o coração, visto que se trata de uma atividade aeróbica.
- Retenção de líquidos: Quanto mais se pedala, mais o metabolismo acelera. Mantendo uma boa hidratação (antes, durante e após o treino) o corpo tende a potencializar e os processos orgânicos, incluindo a eliminação de toxinas, e isso resulta no melhor funcionamento dos rins e na diminuição da retenção de líquidos.
- Pele mais saudável: As pedaladas tornam o coração mais fortalecido e os pulmões tendem a respirar com mais qualidade, fazendo com que o metabolismo se torne mais eficiente. Isso faz com que  a renovação celular ocorra mais rapidamente e a eliminação de toxinas aconteça de forma mais acelerada. Até mesmo alguns problemas como as olheiras tendem a diminuir.
- Controla a ansiedade: Por ser uma atividade física que exige muito do corpo, tem como respostas a esse estímulo a produção de hormônios que asseguram bem-estar e relaxamento, como a endorfina. Andar de bicicleta ou realizar aulas de spinning, por pelo menos três vezes por semana garante o controle do estresse e ansiedade.
- Definição Muscular: Os membros inferiores são mais exigidos durante o treino e resultam em músculos bem definidos. Porém, não necessariamente ocorre o aumento de massa muscular. O abdôme tende a ficar mais definido devido à necessidade de boa postura e contração permanente para proteger as costas de dores e lesões.

Conheça estratégias para amenizar enjoos na gravidez


Dividir o café da manhã em duas etapas, consumindo primeiro alimentos secos, ajuda a atenuar desconfortos

  • Dividir o café da manhã em duas etapas, consumindo primeiro alimentos secos, ajuda a atenuar desconfortos
Os enjoos são um desconforto que afeta a maioria das gestantes. Embora não se saiba ao certo a causa, muito provavelmente, ela está ligada aos níveis de gonadotrofina coriônica humana, hCG, o chamado hormônio da gravidez, que nos testes de gestação é o responsável por indicar que houve concepção. Tanto é que as grávidas de gêmeos são as que mais se queixam de enjoos devido às taxas elevadas dessa substância no corpo.

A fase mais acentuada se dá entre a sexta e a 12ª semana de gestação. Após esse período, costuma haver uma melhora dos sintomas, que variam muito de intensidade e quantidade de grávida para grávida. Inclusive a mesma mulher pode ter fortes enjoos em uma gestação e em outra não sentir absolutamente nada. Causas emocionais já foram relacionadas ao mal-estar, mas a medicina atual descarta essa hipótese.

O desconforto surge com mais frequência ao acordar e durante as refeições. "Por causa dos hormônios, as papilas gustativas das grávidas ficam mais inchadas e sensíveis ao paladar e ao cheiro, provocando uma aversão a certos alimentos, seguida pela vontade de vomitar. Elas também sofrem com uma salivação excessiva e um desconforto na região da garganta e do esôfago", afirma o ginecologista e obstetra Mariano Tamura. Também é comum sentir azia, que piora após o consumo de refrigerantes, de refeições pesadas ou gordurosas ou muito condimentadas.

A gravidez semana a semana

    Reprodução

Para superar essa fase, os médicos recomendam que a gestante respeite sua mudança de paladar. Não há necessidade de comer algo a que se tenha aversão só porque é saudável. Todo alimento pode ser substituído por outra fonte sem comprometer a saúde da mãe e a do bebê.
Como o período da manhã costuma ser o mais crítico para a ocorrência de enjoos, uma dica é fracionar o café da manhã. "Prefira alimentos sólidos pela manhã, como biscoitos e torradas salgadas, e aguarde mais ou menos de 30 a 60 minutos para completar a refeição com frutas, leite, iogurte, entre outros alimentos", diz a nutricionista Tânia Rodrigues, da RG Nutri, empresa de consultoria nutricional.

Mesmo sendo desagradável, lembre-se que o desconforto é passageiro e não há risco à saúde com exceção dos casos em que a mulher tem enjoos muito fortes e vomita excessivamente, ou seja, sofre de hiperêmese gravídica, problema que levou a duquesa de Cambridge, Kate Middleton, a ser hospitalizada no início de sua gestação. A hiperêmese pode causar desnutrição, desidratação e desequilíbrio de sais minerais no corpo. Em casos extremos, algumas mulheres acabam machucando o esôfago, canal que conduz o alimento até o estômago, podendo cuspir sangue.

"Nos casos leves, recomenda-se medidas comportamentais (veja abaixo) e em outros devem ser prescritos medicação. Há remédios que não comprometem a saúde da mãe nem a do bebê. Internação é exceção e indicada em casos graves ", diz o ginecologista Ricardo Andrade Freire, obstetra do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo. 

Dicas para driblar o enjoo

Fracione as refeições: realize de cinco a seis diariamente;

Antecipe o jantar e coma algo leve antes de dormir. Não é aconselhável deitar com a barriga cheia após as refeições a fim de evitar azia;

Nos intervalos das principais refeições, abuse das frutas. As ácidas são as mais indicadas, como laranja, limão, kiwi, abacaxi, maçã verde e ameixa vermelha;

Prefira alimentos com menos gordura, como as carnes magras, peixes e frango. De preferência preparados na forma cozida, assada ou grelhada;

Geralmente há melhor aceitação por alimentos mais secos como torradas, biscoitos de água e sal, de polvilho e bolo de fubá;

Tome bastante líquido. Um copo de água com gotas de limão pode oferecer alívio;

Não beba muito líquido de uma vez só;

Alimentos muito quentes e aqueles com sabor e cheiro forte podem piorar o estado. Muitas mulheres se sentem melhores com alimentos frios ou gelados, que provocam menos contrações na musculatura do estômago;

Para algumas grávidas, o gengibre dá uma sensação de melhora. A raiz pode ser ingerida em pratos ou na forma de chá ou bala;

Deixe para escovar os dentes após o café da manhã para evitar náusea ou tente trocar a marca da pasta dental;

Evite perfumes e produtos de limpeza com cheiros muito fortes;

Realize suas refeições em ambientes calmos e com boa mastigação para facilitar o processo de digestão;

Embora não seja uma recomendação clássica dos médicos, muitas mulheres se beneficiam de práticas como meditação e acupuntura.

Os exames da gestante

    Carla Borges e Orlando/UOL

Cuidado com a visão da criança tem de começar após o nascimento

A primeira ida ao consultório do oftalmologista deve acontecer no primeiro ano de vida


  • A primeira ida ao consultório do oftalmologista deve acontecer no primeiro ano de vida
Perceber um problema de visão em bebês e crianças é bastante difícil, por isso muitos pais só notam algo errado quando o filho entra na fase de alfabetização e passa a apresentar dificuldade de aprendizado. Muitas vezes, a criança não acompanha a turma, pois não consegue enxergar o que está escrito na lousa.
Segundo o CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia), aproximadamente, 15 milhões de crianças em idade escolar possuem algum problema de visão. No entanto, a preocupação com os olhos deve vir bem antes, pois, aos sete anos, dá-se a formação completa da visão.

"Algumas doenças oculares se tornam irreversíveis ou poderiam ser amenizadas se fossem tratadas antes dessa idade. Por isso, os pais precisam estar atentos já no nascimento da criança. Toda maternidade deveria realizar o teste do olhinho, que permite o diagnóstico precoce de vários males, como catarata, glaucoma congênito, retinopatia da prematuridade, entre outros", afirma o oftalmologista Marco Antonio Rey de Faria, presidente do CBO.

Somente em dez estados do país o exame é obrigatório na rede pública de saúde e, apenas em 2010, ampliou-se aos planos de saúde. A Agência Internacional de Prevenção à Cegueira, ligada à OMS (Organização Mundial da Saúde), estima que, no Brasil, 33 mil crianças são cegas por causa de doenças oculares que poderiam ter sido evitadas ou tratadas precocemente. Ainda de acordo com o órgão, pelo menos, 100 mil têm alguma deficiência visual.
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Com ajuda de ilustrações de bichos, livro ensina ioga para crianças11 fotos

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Instrutor de ioga, ilustrador e escritor, o gaúcho João Caré reuniu seus múltiplos conhecimentos no livro "Aprendendo com os Bichos - Yoga para Crianças" (Martins Fontes). Muitas posições da ioga têm nomes de bichos, daí veio a ideia de apresentá-las relacionando-as com animais. "A partir dos três anos, as crianças podem começar a praticar desde que a ioga seja colocada como uma brincadeira", diz o autor. Esta ilustração é a da postura Shalabhasana ou do Gafanhoto. Deitada de bruços, com os braços ao lado do corpo, a criança coloca, primeiramente, o rosto de lado. Ela deve inspirar e expirar profundamente. Depois, apoiando o queixo no chão, tem de erguer um pouco os quadris, colocando as mãos embaixo do corpo, cruzando os dedos, com os polegares unidos e retos. Por fim, deve elevar um pouco os quadris e as pernas, sem dobrar os joelhos. "A posição reforça a musculatura da lombar", fala Caré Joãocaré/WMF Martins Fontes

Primeira consulta

Depois do teste do olhinho, a recomendação médica é realizar a primeira consulta com um oftalmologista no primeiro ano de vida. Na ocasião, os olhos serão dilatados para checar a necessidade de uso de óculos e para realizar o mapeamento da retina. Esse procedimento detecta se há alguma patologia genética, como uma cicatriz de olho, transmitida pela mãe que teve toxoplasmose ou rubéola na gravidez.
Se os pais não perceberem nenhum problema, o retorno deve acontecer na idade pré-escolar, por volta dos três ou quatro anos de idade. A consulta é fundamental, principalmente, no caso de uma diferença de grau acentuada em apenas um dos olhos.
"Aos quatro anos, com quatro graus de miopia por exemplo, a criança vai correr e brincar sem dificuldade nenhuma, porque ela consegue enxergar do outro olho "bom". Daí a dificuldade dos pais em perceber algo de errado. Quanto antes for detectado, mais fácil será corrigir o problema", diz a médica Mônica Cronemberger, da oftalmologia pediátrica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

Eu uso óculos

Segundo os especialistas, a adaptação da criança aos óculos não é tão difícil quanto os pais imaginam. Ao colocá-los, a criança vai perceber imediatamente a melhora da visão. Os casos mais difíceis são aqueles em que a criança tem um grau leve e consegue enxergar razoavelmente sem as lentes.

De acordo com o oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo, para motivar o filho, os pais devem deixar que ele participe do processo de escolha. "Hoje temos óculos desenvolvidos especialmente para crianças, que se ajustam bem ao rosto e trazem armações leves e coloridas, além de lentes que não riscam", diz.
Outra dica é conversar bastante com a criança e enfatizar a necessidade e os benefícios dos óculos. Se houver resistência, um pouco de fantasia, dependendo da idade, pode ajudar. Vale mencionar que heróis como o Super-Homem e o bruxo Harry Potter usam o acessório. O artifício pode ajudar a criança a superar eventuais brincadeiras dos colegas a respeito dos óculos.

Atenção

Veja dez sinais de que seu filho pode estar com algum problema de visão, segundo os especialistas:

Reclamar de dor de cabeça;

Sentar muito próximo a televisão;

Andar de cabeça baixa;

Lacrimejar excessivamente;

Coçar os olhos insistentemente;

Demonstrar sensibilidade à luz;

Mostrar dificuldade com a leitura;

Acompanhar a leitura com um dedo;

Apertar os olhos para ler;

Tapar um olho com a mão.
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Inspire-se em ideias para montar um espaço para o seu filho brincar18 fotos

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O tema fundo do mar inspirou a arquiteta Mariana Indio da Costa, da loja Cognikids (www.cognikids.com.br), de São Paulo, na criação do quarto dos gêmeos Francisco e Miguel, que batizaram a cabana azul com janelas redondas de submarino. A mesa vem com um rolo de papel acoplado e os móveis têm arestas arredondadas para evitar acidentes.

Queixas contra planos de saúde quintuplicam em dez anos

Com um crescimento acelerado do número de segurados, em grande parte devido à expansão da classe média, os planos de saúde tornaram-se alvo, nos últimos dez anos, de um aumento acentuado de queixas no Brasil - o que é visto por especialistas como reflexo das deficiências do setor.
Dados obtidos pela BBC Brasil com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão responsável por regular a atividade das operadoras de assistência médica e odontológica no país, revelam que de dezembro de 2002 a setembro de 2012 (última estimativa disponível) o número de reclamações registradas por usuários na autarquia federal praticamente quintuplicou, passando de 16.415 para 75.916, um crescimento de 362%.
No mesmo período, a quantidade de planos de saúde em atividade no país caiu 36%, de 2.407 para 1.542, ao passo que o universo total de beneficiários, incluindo aqueles com planos exclusivamente odontológicos, ganhou aproximadamente 32 milhões de novos usuários.
Segundo a ANS, além do crescimento da base de clientes, o incremento no número de reclamações foi resultado, entre outros fatores, de uma atuação mais rigorosa da agência.
Na avaliação de Bruno Sobral, diretor do órgão, a autarquia ganhou visibilidade ao tornar-se uma espécie de "porto seguro" para consumidores descontentes com seus planos de saúde, criando garantias para que suas demandas sejam solucionadas e incentivando, assim, o registro de mais queixas.
Já para a FenaSaúde, entidade que representa 15 grupos empresariais do setor, a multiplicação das queixas "não reflete, necessariamente, um aumento dos problemas".
Segundo a associação, os consumidores possuem atualmente "muito mais canais para encaminhar suas queixas à ANS ou aos órgão de defesa do consumidor".
Mas, de acordo com especialistas consultados pela BBC Brasil, o aumento na quantidade de reclamações, apesar de ter acompanhado a evolução do número de pessoas com acesso a plano de saúde (que cresceu de 35,2 milhões, em 2002, para 67,1 milhões, em 2012), evidencia, sobretudo, que o setor ainda sofre com falhas, como a falta de fiscalização e a lentidão no julgamento dos processos.

Líder de reclamações

Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), há mais de uma década, os planos de assistência médica são os principais "vilões do consumo" do país, liderando o ranking de atendimentos no órgão.
A compilação, feita com base no cruzamento de dados de Procons (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor) de todo o Brasil, indica que as principais queixas dos segurados se referem à negativa de cobertura (quando o usuário é impedido de receber determinado tratamento apesar de previsto no plano), reajuste por faixa etária e anual e descredenciamento de prestadores de serviço.
No ano passado, segundo dados da ANS, houve 400 milhões de atendimentos em todo o país, e, das 75.916 reclamações registradas no órgão, cerca de 75,7% foram relacionadas à cobertura.
Além disso, de acordo com a entidade, um dos motivos pelos quais o setor se mantém na liderança das queixas é o crescimento dos planos coletivos - entre eles os falsos coletivos (oferecidos a pequenos grupos de consumidores) -, que hoje representam mais de 70% do espectro total no Brasil.
Para eles, por exemplo, a ANS não determina um teto máximo de reajuste anual, como faz com planos individuais.
"Por oferecerem um serviço de relevância pública, as operadoras deveriam seguir os parâmetros do acesso integral à saúde, mas, na prática, não é isso que acontece", afirma Joana Cruz, advogada do Idec.
"Infelizmente, a lógica dos planos de saúde é a do lucro máximo e a qualquer preço. Isso se dá, normalmente, através de corte de custos.
Além da negativa de cobertura, os planos de saúde impedem que o médico decida sozinho sobre procedimentos mais caros e, não raro, preferem contratar profissionais de baixo padrão técnico", diz Thelman Madeira de Souza, ex-funcionário de carreira do Ministério da Saúde e analista da área.

Procedimentos negados

Outro estudo realizado pelo Idec aponta que, entre janeiro de 2010 e maio de 2012, os procedimentos mais negados pelas operadoras estavam previstos tanto no rol de procedimentos da ANS - listagem mínima de consultas, cirurgias e exames que um plano de saúde deve oferecer - quanto na Lei de Planos de Saúde, que definiu as normas para o setor em 1998.
Entre eles, havia consultas médicas, exames de sangue, partos e cirurgias de estômago.
Para alguns especialistas, entretanto, o consumidor acaba prejudicado pela aparente falta de um orientação única sobre que procedimentos devem ser atendidos pelas operadoras.
"Pela lei, as operadoras são obrigadas a realizar procedimentos para as doenças listadas pela Organização Mundial da Saúde, salvo algumas exceções", explica Lígia Bahia, professora da UFRJ e uma das maiores especialistas na área.
"Mas nem tudo está presente no rol da ANS. Como resultado, os planos de saúde baseiam-se nessa lista e deixam de realizar procedimentos assegurados pela legislação", acrescenta.
Um dos exemplos, segundo Bahia, é o transplante de fígado, que não está incluído na lista da agência, apesar de ser contemplado pela OMS.

Lentidão

A lentidão no julgamento dos processos contra os planos de saúde também é alvo de críticas dos especialistas.
O mesmo levantamento do Idec aponta que, no período analisado, o tempo mediano de resolução para reclamações sobre negativa de cobertura foi de 21 dias em 2011 e 29 dias em 2012.
Para outros processos, entretanto, a duração pode ultrapassar anos.
Segundo o advogado Vinícius de Abreu, fundador da ONG Saúde Legal, que busca defender os direitos e garantias dos usuários dos sistemas de saúde público (SUS) e privado, outro aspecto da morosidade é constatado na suspensão de planos de saúde.
"A ANS demora muito para suspender ou liquidar operadoras que infrinjam as regras", afirma. É preciso que a agência aplique punições mais severas e rápidas", defende.

Outro lado

O Ministério da Saúde, por outro lado, argumenta que tem tomado ações para tornar o monitoramento das operadoras ainda mais rigoroso.
Em nota enviada à BBC Brasil, o órgão informa que entre as iniciativas, destacam-se "a determinação para a marcação de consultas, exames e cirurgias e a suspensão dos planos que não cumprem os prazos estabelecidos".
Segundo a pasta, em 2012, 396 planos de saúde de 96 operadoras foram suspensos temporariamente por não cumprirem os prazos.
Além disso, o Ministério da Saúde destaca que as operadas terão de justificar por escrito, em até 48 horas, as negativas de coberturas. A resolução entrará em vigor no próximo dia 7 de maio.

Fazer amizade no trabalho é bom, mas cuidado com o 'rabo preso'Se houver um desentendimento com uma pessoa que você considerava amiga, mas não deveria ter considerado, ela pode usar as informações que sabe de você para te prejudicar no trabalho Se houver um desentendimento com uma pessoa que você considerava amiga, mas não deveria ter

Se houver um desentendimento com uma pessoa que você considerava amiga, mas não deveria ter considerado, ela pode usar as informações que sabe de você para te prejudicar no trabalho



  • Se houver um desentendimento com uma pessoa que você considerava amiga, mas não deveria ter considerado, ela pode usar as informações que sabe de você para te prejudicar no trabalho
Devido ao grande número de horas que as pessoas passam dentro das empresas trabalhando, é comum que a relação entre colegas migre para a amizade. Isso traz vantagens e é até visto com bons olhos pelas organizações. Mas há de se tomar cuidado para que o relacionamento pessoal não te deixe com o "rabo preso".

Amizade faz bem

 
Uma das vantagens de se fazer amigos no ambiente de trabalho é a construção de uma rede de relacionamentos, que poderá ajudar na carreira ao longo da vida. Quando as afinidades são equilibradas com a responsabilidade profissional, é natural que as pessoas se aproximem e, quando uma das duas sai daquela empresa, a amizade continue. Sabendo que o amigo é, além de boa gente, um bom profissional, o colega o indica, surgem convites para projetos conjuntos, sociedades e outras empreitadas.
 
"Atualmente o número de pessoas empregadas por indicação é muito significativo. É por esse motivo que a rede de contatos, ou network, é muitas vezes crucial na carreira profissional e deve sempre ser  intensificada",  diz Adriana Vera Duarte, diretora da consultoria de recursos humanos Valor Humano.
 
 
Segundo Adriana, outra vantagem da amizade no trabalho é a leveza que o relacionamento traz para lidar com os desafios profissionais do dia a dia, inclusive aumentando a produtividade. "A capacidade de desenvolver bons relacionamentos faz parte de uma boa postura profissional e é uma competência muito bem vista no meio corporativo".

Elaine Saad, vice-presidente da ABRH-Nacional (Associação Brasileira de Recursos Humanos), diz que a amizade pode ajudar principalmente quando as duas pessoas trabalham em setores distantes, pois facilita a comunicação. O economista Rafael Olivieri Neto, professor da FGV e especialista em administração de recursos humanos, acrescenta um outro ponto positivo relacionado às relações pessoais no ambiente de trabalho: o nível de confiança entre os colegas aumenta muito.
 
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Profissionais de RH de grandes empresas dizem o que fazer para ser promovido em 201316 fotos

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"A empregabilidade, assim como o crescimento de carreira, está associada à capacidade do profissional compreender o negócio em que atua, entender as necessidades do cliente, demonstrar as competências necessárias e desenvolver continuamente o seu repertório de vida. Promoção é consequência de uma entrega diferenciada e do reconhecimento de que o profissional está pronto para assumir uma função de maior complexidade", Mário Borio, diretor de Recursos Humanos da Fiat/Chrysler para a América Latina Divulgação Fiat
 
 

Corrupção e favorecimento

 
O problema da amizade no trabalho é que, como em qualquer relação muito próxima, há as possibilidades de brigas, favorecimentos indevidos e fofocas, que não são saudáveis em ambientes profissionais.
 
De acordo com o professor Rafael Olivieri Neto, conforme o tipo de trabalho e o envolvimento das pessoas, o nível de comprometimento entre elas chega a extrapolar a ética. "Ocorrem até casos de corrupção, em que um encobre o outro em nome da amizade", diz ele.
 
Um exemplo: o subordinado faz algo de errado e o chefe encobre o problema para não atrapalhar a amizade: "Fica todo mundo com o rabo tão preso, que, às vezes, a empresa não cresce porque todo mundo tapa o sol com a peneira. Isso não é bom para ninguém. Encobrir a incompetência do outro é como manter um câncer", afirma Rafael.
 
As amizades podem fomentar a fofoca no ambiente de trabalho, tida como "inevitável" por muitos especialistas, porque a pessoa se sente mais à vontade para comentar com quem se confia sobre a atitude de terceiros. Outra situação comum é a briga entre os amigos. Afinal, quanto mais próxima é uma relação, mais está sujeita a desgastes e desavenças ocasionais.
 


Quais cuidados tomar


- Observe a cultura da organização e se ela incentiva a amizade entre colegas ou não;
 
- Separe os papéis de amigo e de colega de trabalho, principalmente quando a relação é de chefe e subordinado;
 
- Lide com a relação de forma transparente, para que os colegas saibam que há uma relação pessoal entre vocês;
 
- Evite o isolamento e as panelinhas. Relacione-se amigavelmente também com outras pessoas;
 
- Guarde sigilo sobre informações que não possam ser divulgadas;
 
- Não divida tudo o que acontece em sua vida pessoal no ambiente profissional;
 
- Se precisar fazer uma crítica sobre o colega que é amigo, faça de forma reservada, mesmo que vocês tenham intimidade;
 
- Evite conversas em excesso durante o trabalho, seja pessoalmente, por e-mail ou programas de mensagens instantâneas;
 
- Seja imparcial nas decisões. Não cobre nem mais nem menos do amigo do que dos demais;
 
- Evite a fofoca. Sempre que tiver algo a dizer, fale diretamente com a pessoa;
 
- Se houver um desentendimento de cunho pessoal, ele deve ser discutido fora do trabalho.

Pessoas como Érica servem de 'estepe' e não se dão bem no amor



  • Flávia Alessandra (Érica) e Rodrigo Lombardi (Théo) durante gravação de cena de "Salve Jorge" Flávia Alessandra (Érica) e Rodrigo Lombardi (Théo) durante gravação de cena de "Salve Jorge"

Quem acompanha "Salve Jorge" sabe que Théo (Rodrigo Lobardi), por acreditar que Morena (Nanda Costa) está morta, decidiu pedir Érica (Flávia Alessandra) em casamento. E a veterinária, que sempre o amou, resolveu esquecer as mágoas do passado e dar novamente uma chance ao capitão da cavalaria.

Os telespectadores já perderam as contas de quantas vezes Érica foi rechaçada, chorou, penou e, depois de um tempo, reatou com Théo. E, com a volta de Morena ao Brasil com a filha nos braços, tudo indica que a loira sofrerá uma nova decepção.

Assim como acontece na trama da Globo, muitas mulheres enfrentam os problemas de Érica em seus relacionamentos: dão conselhos aos amados, oferecem um ombro amigo, ouvem suas confissões e são compreensivas ao extremo. Eles até ficam ao lado delas por um tempo, mas, por um motivo ou outro, uma hora acabam terminando o romance.

"Esse tipo de situação é mais comum do que se imagina, principalmente na cultura latina, em que a mulher costuma assumir a função de cuidadora e até de mãe do parceiro em alguns relacionamentos", afirma a psicóloga Regiane Rodrigues. "Muitas investem no papel de amiga já com a intenção de namorar o sujeito. A questão é que para alguns homens uma relação assim é carente de componentes eróticos", diz.
Pode até haver sexo, claro, mas se o amor não for recíproco, a exemplo de Théo, que não corresponde aos sentimentos de Érica, a relação não vai muito longe.
 
A psicóloga Renata Lucas explica que esse comportamento altruísta ao extremo é bem cômodo para certos homens. "No caso do Théo, por exemplo, ele deixou bem claro que gosta é da Morena. É uma forma de se eximir da culpa pelo sucesso ou não do namoro. Afinal, a Érica está ciente do que ele verdadeiramente sente", declara.

Para as especialistas, embora aquele que termina e reata a relação pareça o vilão da história, a responsabilidade pela situação dolorosa é de quem se conforma com os acontecimentos, por mais que machuquem.

"É um perfil de pessoa de baixa autoestima e que coloca os interesses dos outros à frente dos seus. Por medo de ficar só, vai engolindo sapos e aceitando as condições alheias. "Ruim com ele, pior sem ele", é o que ela pensa", diz Walkíria Fernandes, psicóloga e terapeuta sexual.


Tendência à vitimização

 
É preciso mudar a forma de lidar com as questões amorosas e de se posicionar. "No fundo, é confortável assumir o papel de vítima. Na novela, Érica sofre, chora, se decepciona, desabafa com as amigas, depois repete o enredo. É mais cômodo acreditar que não tem sorte no amor do que mudar", segundo Renata Lucas.
 
Esse padrão de comportamento pode ter sido aprendido na infância –algumas crianças assimilam com os pais que só serão dignas de  amor se fizerem tudo o que os agrada. Para rompê-lo, é preciso exercitar o autoconhecimento e a autoconfiança.

"Perguntas como "o que eu quero para minha vida?", "o que me deixa feliz?", "o quanto eu me amo?" e "o que posso fazer para me sentir bem?" são muito importantes, assim como dizer "não" e se colocar em primeiro lugar em determinadas situações", afirma Walkíria Fernandes.

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