quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

cuidados que o paciente com diabetes deve ter ao praticar exercícios físicos



Atividade física é capaz de reduzir a dose necessária de insulina e medicamentos. 
Aplicação de insulina, dieta rígida, avaliações constantes da glicemia: conviver com o diabetes não é tarefa das mais fáceis. Mas são justamente esses cuidados que tornam a vida dos 10 milhões de brasileiros que, segundo o Ministério da Saúde, possuem a doença com muito mais qualidade. "Com os devidos cuidados, a pessoa com diabetes pode fazer tudo o que uma pessoa saudável é capaz de fazer, inclusive exercícios físicos", explica o endocrinologista Sérgio Vêncio, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). A atividade física faz parte do tratamento não farmacológico, aquele que vai além dos remédios. "O exercício auxilia no ajuste do controle glicêmico e reduz a dose necessária de insulina e medicamentos orais, além de diminuir o percentual de gordura e aumentar a massa magra", conta a educadora física Luciana Mendonça Ara...ntes, do Centro Avançado de Recuperação e Estética Rio Claro (CARE). Aproveite o dia Mundial do Diabetes (14 de novembro) para calçar o tênis e correr para a academia, mas com todos os cuidados necessários. Nós te contamos quais são.
Auxílio profissional
Consultar um médico antes de iniciar uma atividade física é um cuidado obrigatório para qualquer pessoa. Para o paciente de diabetes, vale o mesmo. O endocrinologista Sérgio Vêncio conta que o aval médico é ainda mais importante para quem tem risco para doença cardiovascular ou mais de 40 anos. A atividade física deve ser preferencialmente supervisionada por educador físico, o profissional apto a definir intensidade, duração e o tipo de exercício físico, tornando-o mais eficiente e seguro. Mas o especialista recomenda: "Nos casos em que não for viável o acompanhamento desse profissional, a atividade física não deve ser evitada, mas realizada de acordo com a recomendação médica".
Tempo e frequência
Nada de passar horas na academia, segundo a educadora física Luciana Mendonça, 60 minutos de exercícios físico diários, com frequência de no mínimo três vezes por semana, são comprovadamente suficientes para melhorar os níveis de glicose no sangue do paciente. Mas se você gosta de malhar, não existem limitações. O portador de diabetes - devidamente controlado - pode praticar exercícios durante o mesmo tempo, frequência e intensidade que qualquer outra pessoa.
Para controlar a glicemia
A endocrinologista Vivian Estefan, do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, conta que a redução dos índices de glicemia é um dos efeitos mais significativos da atividade física no diabetes. A glicose é fonte predominante de energia nos 30 primeiros minutos de exercício. Assim, a atividade física tem função parecida com a insulina quanto à utilização de glicose pela célula. 
A realização de exercícios físicos estimula a secreção de alguns hormônios, como o cortisol e o GH (hormônio do crescimento). Em consequência, o fígado produz glicose, o que pode aumentar a glicemia. Por outro lado, o exercício aumenta a sensibilidade dos tecidos corporais à insulina ? fazendo com que o corpo metabolize a glicose com mais facilidade. O corpo age como uma balança frente ao exercício: alguns processos físicos aumentam a glicemia, enquanto outros diminuem. 
Se antes do exercício a glicemia estiver elevada (maior que 250mg/dl), o exercício está contraindicado, já que pode causar um pico glicêmico. Caso ela esteja inferior a 150mg/dl, a atividade pode ser realizada naturalmente, ajudando até a diminuir esses valores. Caso a glicemia esteja abaixo dos valores considerados normais (de 70 a 140mg/dl, aproximadamente), a atividade pode gerar hipoglicemia e, por isso, deve ser evitada.
Ajuste da insulina

A endocrinologista Vivian Estefan conta que a insulina e as medicações que diminuem a glicemia têm sua ação intensificada pelo aumento do metabolismo que ocorre durante o exercício físico. "Por isso, recomendamos que, sob orientação médica, a dose da medicação tomada seja menor no dia da realização da atividade física". Este mecanismo é um dos responsáveis por hipoglicemias induzidas pelo exercício. O paciente deve fazer a monitorização frequente da glicemia até entender como o seu corpo se comporta antes, durante e a após a atividade física, fazendo a suplementação quando necessário. 
Alimentação
O endocrinologista Sérgio indica a ingestão de uma pequena quantidade de carboidrato - como uma fatia de pão integral ou uma barrinha de cereais - antes da atividade física. Esse nutriente é precursor da glicose e é liberado lentamente no organismo, o que evita a queda brusca da glicemia. Após a prática de exercícios, também é importante consumir carboidratos para repor as energias gastas.
Saia da esteira
Exercícios aeróbicos, como a caminhada, são muito importantes para quem tem diabetes, mas estudos recentes mostram que a musculação também pode ser muito vantajosa para quem convive com a doença. "Isso porque as contrações musculares repetidas estimulam componentes da membrana celular", afirma o fisiologista Raul Santo, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Isso faz com que as proteínas celulares carreguem mais facilmente a glicose para dentro da célula. Além de controlar o nível de açúcar no sangue, o exercício pode, a longo prazo, diminuir a dependência da suplementação de insulina 
Cuidado com os pés
O endocrinologista Sérgio conta que o paciente de diabetes pode apresentar uma complicação chamada neuropatia, que causa a diminuição da sensibilidade, principalmente em extremidades, como os pés. Essa complicação pode gerar um dos transtornos mais conhecidos do diabetes: o pé diabético. O paciente pode se machucar e não perceber, o que - associado à circulação sanguínea deficitária - pode levar, em casos graves, até à amputação. Mas evitar o problema é simples: use meias e calçados adequados e confortáveis, principalmente durante a atividade física, e olhe bem seus pés diariamente - assim qualquer lesão pode ser identificada e tratada logo no começo.
Diabetes tipo 1
"Os cuidados para o portador de diabetes tipo 1 - doença de caráter genético e não adquirido - são os mesmos indicados para quem tem diabetes tipo 2, com uma única diferença: esse indivíduo necessariamente utiliza insulina, o que pode aumentar ainda mais as chances de hipoglicemia", explica Sérgio Vêncio. "Vale red...obrar a atenção nesses casos e fazer as medições antes de qualquer prática".

Estudos mostram que sedentarismo é tão prejudicial quanto tabagismo

Estudos mostram que sedentarismo é tão prejudicial quanto tabagismo




Estima-se que 5,3 milhões de pessoas morreram em 2008 porque não praticavam exercícios físicos moderados, por no mínimo 150 minutos semanais. Este número, que corresponde a 9% das mortes no planeta, é maior que o número de fumantes mortos, que chega a 5 milhões.
É o que mostrou o estudo publicado por The Lancet, um dos jornais de medicina mais lidos no mundo. A pesquisa realizada pela Brigham and Women’s Hospital e pela Harvard Medical School chegou a conclusão que o sedentarismo pode ser tão prejudicial quanto fumar, pois favorece o surgimento de inúmeras doenças crônicas como a diabetes, hipertensão, osteoporose e até câncer.
Outra preocupação é que pessoas sedentárias tem maior predisposição para se tornarem obesas e desenvolverem colesterol alto, câncer, e doenças pulmonares.
Esse estudo faz parte da série “A Pandemia da inatividade física” que o jornal The Lancet está fazendo sobre atividades físicas, dias antes do início das olimpíadas.. A série revela que quando não utilizamos corretamente as facilidades e dispositivos da vida moderna acabamos inibindo o mínimo de atividade física diária. São coisas simples como deixar de usar o elevador para subir um andar que podem contribuir para uma vida mais saudável.

O tema não é coincidência. Foi escolhido por causa das olimpíadas de 2012 para ajudar a motivar milhões de pessoas inativas a não apenas assistirem os jogos olímpicos de suas poltronas, mas a fazer alguma atividade física.
O estudo revela que apesar de 80% da população mundial viver em países de baixa e média renda, apenas uma pequena fração de pesquisas sobre atividades físicas tem sido focadas nestes países. Como uma das conseqüências, estes países apresentam os maiores aumentos de doenças não transmissíveis causadas pelo sedentarismo. O jornal conclui dizendo que a alteração dessa situação deve ser uma prioridade na próxima década.

Tinturas de cabelo usadas por milhões de mulheres podem causar câncer.

Tinturas de cabelo usadas por milhões de mulheres podem causar câncer.


Tinturas de cabelo usados por milhões de mulheres contêm produtos químicos ligados ao câncer, os cientistas britânicos alertaram.
Eles dizem que ambos os kits para coloração de cabelo e os corantes utilizados em salões caros representam um risco potencial para a saúde, relatórios Daily Mail.
Escrevendo em uma respeitada revista científica, dizem produtos químicos nos corantes capilares permanentes pode reagir com o fumo do tabaco e outros poluentes no ar para formar um dos mais poderosos compostos cancerígenos conhecidos pelo homem.
Um porta-voz da química verde, que está prestes a lançar o seu próprio 'ultra-segura' gama de tintas para o cabelo, disse que, apesar de numerosos estudos do tema o perigo representado pelos produtos químicos na tinta de cabelo que reagem com o ar tenha sido perdido ou ignorado até agora.
Mas os fabricantes insistiu que a possibilidade de a reação química tem sido há muito conhecida.
Dra. Emma Meredith,...
da Cosmética, Higiene Pessoal e Perfumaria Associação, disse que a lei proíbe o uso de aminas secundárias em um formulário que pode reagir desta forma.
George Hammer, o proprietário do Urban Retreat no Harrods, o maior cabelo do mundo e salão de beleza, disse: "As empresas químicas têm um enorme interesse velado em manter esta em segredo."
A advertência consta nos Materiais diários.
Em 2009, o Correio revelou que as mulheres que usam tinturas de cabelo de mais de nove vezes por ano têm um risco 60 por cento maior de contrair câncer de sangue. Um ano depois, a Comissão Européia proibiu 22 tinturas de cabelo que colocam usuários de longo prazo em risco de câncer de bexiga.

MUITO BOA

 
 
O filho termina o segundo grau e não tem vontade de fazer uma faculdade.
O pai, meio mão de ferro, dá um apertão:
- Ahh, não quer estudar? Vadio dentro de casa eu não mantenho, então vai trabalhar...
O velho, que tem muitos amigos, fala com um deles, que fala com outro até que ele consegue uma audiência com um político que foi seu colega lá na época de muito tempo atrás:
- Rodriguez!!!! Meu velho amigo!!! Tu te lembra do meu filho? Pois é, terminou o segundo grau e anda meio à toa, não quer estudar. Será que tu não consegue nada pro rapaz não ficar em casa vagabundando?
Aos 3 dias, Rodriguez liga:
- Zé, já tenho. Assessor na Comissão de Saúde no Congresso, R$ 18.700,00 por mês, prá começar.
- Tu tá loco! O guri recém terminou o colégio, não vai querer estudar mais, consegue algo mais abaixo...
Dois dias depois:
- Zé, secretário de um deputado, salário modesto, R$ 10.800,00, tá bom assim?
- Nãooooo, Rodriguez, algo com um salário menor, eu quero que o guri tenha vontade de estudar depois... Consegue outra coisa.
- Zé, não sei se ele vai aceitar, mas tem um de assessor da câmara, que é só de R$.7.500,00...
- Não, não ainda é muito, aí que ele não estuda mais mesmo...
- Olha Zé, a única coisa que eu posso conseguir é um carguinho de ajudante de arquivo, alguma coisa de informática, mas aí o salário é uma merreca, R$ 4.800,00 por mês e nada mais...
- Rodriguez, isso não, por favor, alguma coisa de 600,00 a 1200 ,00 no máximo.
- Isso é impossível Zé!
- Mas, por quê?
- PORQUE com este salário aí, eu só tenho vaga para Professor ou Médico, e aí precisa de CURSO SUPERIOR, MESTRADO, DOUTORADO...
aí fica muito difícil, tem que estudar pra passar no concurso...

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Compartilhar senhas de internet com parceiro não é prova de amor



A base de toda relação amorosa harmônica precisa ser a confiança, certo? Seguindo esse preceito, então, a vida de um casal deveria ser uma espécie de livro aberto. O que inclui, em tempos de internet, de perfis conjuntos nas redes sociais ao compartilhamento de senhas. Para muitos homens e mulheres, o excesso de privacidade virtual pode sinalizar que há algo a esconder. E, seguindo essa lógica, revelar a senha de acesso do MSN ou do Facebook tem o peso de uma prova de amor. Será, mesmo? Veja algumas análises que especialistas recomendam fazer antes de tomar qualquer atitude.
Compartilhar senhas de e-mail e redes sociais é uma prova de amor?
Segundo a psicóloga Andréa Jotta, do NPPI da PUC de São Paulo (Núcleo de Pesquisas da Psicologia em Informática da Pontifícia Universidade Católica), nos relacionamentos maduros e saudáveis isso pode acontecer naturalmente, sem que haja o peso de se tratar o assunto como um pacto ou prova de amor.
 

Você compartilha suas senhas de e-mail e redes sociais com seu parceiro?

Resultado parcial
"E pode também acontecer de um querer compartilhar, por questões pessoais ou práticas, mas o outro não, o que é perfeitamente compreensível", afirma. Andréa diz ainda que um relacionamento não significa dividir tudo, sempre. "Uma parte da pessoa, seus pensamentos, fantasias, amigos e gostos são só dela. Isso você não divide com o outro. É preciso ter confiança no caráter do parceiro, nos valores dele e em si mesmo, principalmente, para não se sentir ameaçado por aquilo que não lhe diz respeito".
 
Falar em "prova de amor" é uma desculpa para exercer o controle?
"Uma relação pautada na confiança e na maturidade não necessita desse tipo de prova", explica Marina Vasconcellos, terapeuta familiar e de casal pela Unifesp (Universidade Federal São Paulo). Já Alexandre Bez, psicólogo especializado em relacionamentos pela Universidade de Miami (EUA), explica que pessoas controladoras e com personalidade narcisista têm necessidade de estar no controle, de desfrutar a sensação de poder no relacionamento."Costumo dizer que é muito mais importante conhecer o parceiro do que tentar controlá-lo, pois isso gera uma falsa sensação de domínio", afirma. Ele conta que o simples fato de manter um relacionamento já é um pacto consolidado. A prova de amor deve estar presente no dia a dia, na cumplicidade, no comportamento, na exposição das dúvidas e nos conselhos, jamais em um compartilhamento pessoal. "É uma invasão à privacidade, e, principalmente, um desrespeito à relação vivida", diz.
 
Dividir senhas ajuda a evitar uma traição?
Os especialistas são unânimes: não. Segundo a psicóloga Andréa Jotta, muitos casais decidem compartilhar as senhas a fim de evitar discussões, brigas e desconfianças desnecessárias. "Porém, o que acontece com frequência é que são abertos outros perfis e e-mails particulares, às escondidas".
 
Compartilhar senhas expõe a privacidade de outras pessoas? 
Sim, principalmente porque os amigos nem imaginam que suas conversas e trocas de e-mails estão sendo monitoradas. "Quando você sabe que outros lerão o que você escreve, certamente acaba tomando certos cuidados na escrita, no modo como expõe suas opiniões, no conteúdo da conversa... Deixar que o parceiro veja tudo é uma espécie de traição à privacidade do seu amigo", conta Cristiane Pertusi.Compartilhar senhas pode alimentar a paranoia de alguém possessivo? 
"Há uma grande chance disso acontecer", declara Marina. "É incrível a quantidade de casos de pessoas com ciúme patológico que cerceiam a liberdade do outro, enquanto o parceiro não percebe que trata-se de uma doença e se submete às exigências. Essas pessoas veem sinais de traição em qualquer tipo de relacionamento que o outro mantenha. A vida do casal vira um inferno", segundo a psicóloga. "Recomendo o bom senso, no compartilhamento em demasia ou proibição exagerada", diz a psicóloga Cristiane Pertusi.
 
A proposta, em geral, vem de quem é mais ciumento? 
Sim, e geralmente parte do sexo masculino. "Essa maior probabilidade acontece justamente pela carência dominante na personalidade da mulher, que em geral sente medo de ficar sozinha", afirma o psicólogo Alexandre Bez.

Para Andréa Jotta, o sexo feminino costuma cair na armadilha de achar que tal invasão de privacidade é algo romântico. "Diria que as mulheres acabam se deixando levar pela insistência de alguns homens inseguros, e com o receio de perdê-los ou de que a recusa faça parecer que estão escondendo algo, acabam se submetendo a eles", diz Marina Vasconcellos.

Como pagar as dívidas e economizar dinheiro



Os brasileiros estão cada vez mais com a corda no pescoço quando o assunto são as dívidas. Para auxiliá-la a coordenar melhor seus débitos, suas compras e até para retirar seu nome do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) e Serasa, o terapeuta financeiro Reinaldo Domingos ensina alguns truques:
Dívidas do cheque especial
“Infelizmente, cheque especial não é um benefício, nem um limite a mais (na conta), é uma linha de crédito com juros extorsivos e que engloba mais de 80 milhões de brasileiros endividados”, revela o especialista. Os juros variam em torno de 9,17% ao mês.
Fim das dívidas
-Descubra urgente para onde está indo cada centavo do seu dinheiro.
-Ajuste rapidamente seu padrão de vida para a sua realidade financeira.
-Procure o gerente do banco para uma conversa franca e direta.
-Fale que deseja sair da linha de crédito do cheque especial e transformá-la em uma outra modalidade, que não alongue o prazo de quitação e tenha juros inferiores a 2,5% ao mês.
Contas do cartão de crédito
Abrange mais de 120 milhões de brasileiros. “É um importante meio de compra, mas por falta de disciplina e controle, as pessoas pagam juros altíssimos, que chegam até a 14% ao mês”, enfatiza Domingos.
Fim das dívidas
-Se você paga apenas a parcela mínima de seu cartão, tenha cuidado para não se complicar mais.
-Se fizer um uso consciente do cartão, você poderá pagar o valor total da fatura mensal e  se livrar desse problema.
-Busque um acordo com a operadora do cartão de crédito para liquidar os débitos.
-Poupe dinheiro para a negociação.
-Nas novas parcelas das dívidas, os juros não devem passar de 2,5% ao mês.
-Caso essas opções não resolvam o problema, busque um empréstimo consignado ou pessoal para saldar a dívida e cancelar seu cartão.
Muitas prestações
Se você pensa em parcelar alguma compra, você deve ter certeza de que a parcela cabe no orçamento. “Prestação é sinônimo de dívida, portanto, procure comprar sempre à vista”, aconselha o consultor financeiro.
Se não tiver os recursos suficientes e precisar parcelar, lembre-se de que o percentual de juros não deve passar de 2,5% ao mês. Cuidado: não se deixe iludir pela facilidade de conseguir créditos consignado e pessoal. Esse é um dos principais motivos do endividamento dos brasileiros.
Limpe seu nome
- Se você se descuidou das finanças e seu nome foi parar entre os devedores do SPC e Serasa, tente reverter esse processo o mais rápido possível.
- O primeiro passo é fazer um diagnóstico da sua vida financeira.
- Registre o que você ganha e as despesas que são prioritárias, durante 30 dias, para saber o destino do seu dinheiro.
- “É preciso estruturar seu orçamento financeiro, para só depois procurar o seu credor e propor uma negociação ou até mesmo a quitação da dívida”, fala Domingos.
- Resolva o problema sem intermediários: vá, pessoalmente, até a loja onde comprou o produto ou tente negociar com o setor administrativo ou jurídico da empresa.
3 passos para poupar dinheiro
O consultor financeiro Samuel Marques traz dicas para você economizar e realizar seus planos:
1. Faça da poupança o seu primeiro compromisso:  antes de pagar qualquer outra conta, separe o dinheiro que quer poupar. Se possível, contrate uma poupança programada que retire o dinheiro automaticamente da sua conta.
2. Estabeleça objetivos claros para o dinheiro:  poupe com uma finalidade em mente como, por exemplo, trocar de geladeira ou fazer uma viagem. Dessa maneira, fica mais improvável gastar o dinheiro que já foi poupado.
3. Coloque o assunto na sua rotina:  passe a ler livros sobre finanças pessoais, artigos de revistas e visite portais de internet sobre o tema. “Procure convencer a si mesma de que está no caminho certo”, aconselha o consultor.
“Qualquer pessoa que tenha uma fonte de renda pode poupar um salário por ano. É só guardar 10% do salário todo mês. Se durante todo o ano este plano for esquecido, ainda dá para guardar o 13º salário”, ressalta Marques.

Consultoria: Samuel Marques, consultor financeiro do portal OZ! Organize sua Vida. Site www.organizesuavida.com.br;
Reinaldo Domingos, educador e terapeuta financeiro, autor dos livros Terapia Financeira e O Menino do Dinheiro, da Editora Gente.

Em seu último sermão, papa Bento 16 diz ter consciência da gravidade e inovação de sua renúncia



Em seu último sermão como papa, Bento 16 reiterou nesta quarta-feira (27) que está fraco e que renunciou pelo bem da Igreja. Sob aplausos da multidão na praça São Pedro, o papa voltou a justificar a sua decisão, afirmando que, nos últimos anos, sentiu as suas forças diminuírem. Ele disse ainda que tem "plena consciência da gravidade e inovação" da sua atitude, mas que era preciso "ter a coragem de fazer escolhas sofridas".
No discurso de despedida, o pontífice agradeceu aos seus colaboradores mais próximos, entre eles o seu secretário de Estado, cardeal Tarcisio Bertone, e ressaltou que nunca se sentiu só na condução da Igreja. "Nunca me senti sozinho ao levar a alegria e o peso do ministério petrino." Bento 16 citou ainda as manifestações de carinho que recebeu de inúmeros fiéis ao redor do mundo desde que anunciou a sua renúncia: "O papa nunca está sozinho".
Joseph Ratzinger chegou a dizer que o pontificado é um peso muito grande, mas que não abandonará a cruz e permanecerá "de uma maneira nova perto do Senhor crucificado". Ao longo dos cerca de oito anos do seu papado, ele afirmou ter vivido momentos de alegria e momentos difíceis.
"O Senhor nos deu muitos dias de sol e ligeira brisa, dias nos quais a pesca foi abundante, mas também momentos nos quais as águas estiveram muito agitadas e o vento contrário, como em toda a história da Igreja e o Senhor parecia dormir", disse.Logo no início da cerimônia de hoje, ele agradeceu a presença em massa de fiéis na praça em frente à Basílica de São Pedro e acrescentou que "vê a Igreja viva". O pontífice deixa oficialmente o comando da Igreja Católica amanhã. "Neste momento, abraço toda a Igreja espalhada pelo mundo."
A expectativa era que mais de 50 mil fiéis fossem até a praça, segundo o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, mas estimativas iniciais apontam para a presença de 100 mil pessoas no local.
O tradicional "beija mão", em que o papa é cumprimentado, foi suspenso devido à quantidade de presentes. Antes e depois da audiência, porém, o papa percorreu a praça no seu papamóvel para fazer um cumprimento geral. No meio do caminho, fez paradas para beijar algumas crianças.
Após a audiência pública, o papa deverá receber as autoridades presentes na Sala Clementina do Palácio do Vaticano.

Último dia como papa

Na manhã de quinta (28), último dia de seu pontificado, ele se reunirá com os cardeais que estão em Roma.
A previsão é que Bento 16 deixe o Vaticano de helicóptero em direção à residência de verão de Castel Gandolfo, no sul de Roma, por volta das 17h15 (13h15 no horário de Brasília). Assim que chegar ao local, ele deverá aparecer na sacada para saudar as pessoas que tiverem ido recebê-lo.
O pontífice vai morar em Castel Gandolfo pelos próximos dois meses, antes de se estabelecer em um convento dentro do Vaticano. A Sede Vacante, período em que o Vaticano fica sem papa, terá início às 20h no horário local.

A renúncia

O papa Bento 16 anunciou a sua renúncia no dia 11 de fevereiro durante encontro de cardeais no Vaticano. Ao justificar a sua decisão, o pontífice de 85 anos alegou estar cansado e com a saúde frágil por conta da idade avançada. O Vaticano negou, porém, que ele tenha alguma doença. É a primeira vez em quase 600 anos que um papa renuncia ao seu pontificado.

O jornal "O Estado de S.Paulo" chegou a apontar uma disputa interna de poder praticada por ex-aliados nos últimos meses como uma das razões para a saída do pontífice.

Já o jornal italiano "La Reppublica" relacionou a renúncia a um relatório, entregue a Bento 16 em dezembro passado, que investigou as suspeitas de corrupção e escândalos sexuais dentro da Igreja. O Vaticano reconheceu a existência do documento, mas descartou qualquer ligação.

Ao deixar o pontificado, o cargo ficará vago até a eleição do próximo papa. A expectativa é que o conclave de cardeais eleja um novo pontífice ainda em março, antes da Páscoa. 
Cinco cardeais brasileiros deverão participar da eleição. Segundo a última lista do Vaticano, há um total de 116 cardeais aptos a votar. O Brasil tem um total de nove integrantes no Colégio Cardinalício, mas quatro deles já ultrapassaram a idade limite de 80 anos.

Mais de 90% dos portadores de hepatite C não sabem que têm a doença


 
 
Protagonista de uma pandemia silenciosa, a hepatite C é responsável por graves complicações como cirrose e até mesmo câncer de fígado. Em todo o mundo, estima-se que 90% das pessoas que possuem desconhecem que carregam a hepatite C.

Segundo a Dra. Maria Lucia Ferraz, vice-presidente da SBH (Sociedade Brasileira de Hepatologia), as estatísticas tornam urgentes novos meios de investigação:

— Menos de 10% das pessoas sabem que têm a doença. Assim, quase todos os infectados ainda precisam descobrir ou mesmo terminar a investigação para direcionar melhor o tratamento.

No Brasil, a doença causada pelo vírus VHC atinge cerca de 1,5% da população. Por demorar, em geral, 20 anos para apresentar sintomas, a hepatite C tem seu diagnóstico feito com anos de atraso. Hoje, o principal desafio é localizar todos aqueles que sofrem da doença. Sem uma complicação típica da doença — como vomitar sangue ou desenvolver cirrose — fica difícil descobrir quem têm ou não a doença, avalia Dr. Hugo Cheinquer, hepatologista do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e professor da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Segundo ele, a doença é vista como uma bomba-relógio, com o número de infectados que apresentam complicações podendo explodir daqui a alguns anos.

— Quando a pessoa se infecta com o vírus da hepatite C ela não sente nada. O vírus pode ficar no organismo por até 20, 30 ou 40 anos sem causar nada, aparentemente. Somente então, quando se descobre um câncer de fígado, por exemplo, que a pessoa vem saber que tem a doença. Como, então, tratar uma pessoa que não sabe que tem a doença?

Um em cada cinco pacientes com hepatite C desenvolverão cirrose (alterações no fígado marcadas pelo excesso de tecido fibroso). Uma vez com cirrose, o paciente pode apresentar complicações como ascite (caracterizada pelo acúmulo de água na cavidade abdominal), encefalopatia hepática (quando o fígado não consegue mais remover as substâncias tóxicas no sangue e há piora na função cerebral), além de um tumor hepático.

Segundo relatório da Economist Intelligence Unit, intitulado “A Pandemia Silenciosa: Combatendo a Hepatite C com Políticas Inovadoras”, a doença “é uma das principais causas de cirrose e câncer de fígado primário – uma complicação com taxas de sobrevivência especialmente baixas”. Além disso, “o VHC é também a maior causa de transplantes de fígado no mundo”.

HIV

Atualmente, a doença mata mais do que o HIV. As estatísticas americanas a partir de 2007 mostraram que a mortalidade pela hepatite C ultrapassou a dw Aids. A notícia, explica Cheinquer, era esperada por conta do avanço no tratamento da Aids, auxiliado pelos poderosos coquetéis.

Além disso, segundo o documento, embora a magnitude da pandemia seja desconhecida devido à falta de diagnósticos possíveis, a OMS (Organização Mundial de Saúde) estima que cerca de 150 milhões de pessoas no mundo vivam atualmente com a doença, que é infecciosa e transmitida pelo contato sanguíneo. Assim, a transmissão ocorre por compartilhamento de seringas contaminadas pelo usuário de drogas injetáveis, agulhas ou alicates não esterilizados.

A transmissão sexual é rara e só acontece quando há feridas na área genital que permitam o contato sanguíneo. Outro modo de transmissão, ainda, é o vertical, que pode ocorrer na hora do parto. Beijo na boca e objetos compartilhados na hora de comer e beber, como canudos e colheres, portanto, não transmitem a doença.

Cheinquer lembra que para diagnosticar a doença, para qual não existe vacina, os Estados Unidos decidiram fazer testes em toda população nascida entre 1945 e 1965. O objetivo, ele contou, é identificar ao menos 80% das pessoas com o vírus.

— A maioria dos países tem o mesmo problema hoje: a grande parte das pessoas infectadas está em cassa e não sabe que tem o vírus. Nosso desafio hoje é saber quem são esses pacientes.

O alerta deve ser redobrado. Por ser silenciosa, a doença é descoberta em um estágio já avançado. Em uma estimativa conservadora, o hepatologista alerta: entre 5% e 10% das pessoas infectadas pela hepatite C morrerão por complicações no fígado.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Dor de cabeça e até cãibra podem incomodar nos dias de calor intenso



O tempo ensolarado é motivo de animação para muita gente, mas o calor intenso pode ser sinônimo de moleza, dores e mau-humor. Mas antes de ser uma questão de gosto, dias muito quentes podem sim interferir no funcionamento do organismo, causando uma série de sintomas. "A principal mudança do corpo e que pode ser a percussora de todas as alterações é a desidratação", afirma o fisioterapeuta especializado em fisiologia Felipe Gambetta Carmona, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Conheça os sintomas mais comuns nos dias de calor excessivo e veja como evitar essas mudanças:

Dores de cabeça

Segundo o fisioterapeuta Felipe, sentir dor de cabeça no verão ou dias de calor é um sinal de que o corpo está exposto a altas temperaturas de forma exagerada. "A dor acontece porque o organismo fica sobrecarregado na intenção de manter a temperatura do corpo estável", diz. A melhor forma de evitar essa situação é resfriar o corpo, ingerindo bastante líquido (água ou suco de frutas) e tomando um banho de morno para frio. "Se a dor persistir por longos períodos, o ideal é procurar um serviço médico."

Perdoei uma traição mas me tornei uma pessoa neurótica; e agora?


Perdoei uma traição mas me tornei uma pessoa neurótica; e agora?

 


Encarar a infidelidade nunca é fácil, pois entram em jogo fatores como autoestima, confiança, cumplicidade e vida sexual e muito mais. É claro que é possível superar o sofrimento inicial, perdoar e dar continuidade à relação.

O problema é que, frequentemente, o perdão não faz com que a pessoa traída se esqueça por completo do ocorrido, e passa a esconder sentimentos de dúvida, ciúme e um medo terrível de que uma nova traição aconteça.
Essa paranoia oferece o risco de colocar a perder um relacionamento que pode e vale a pena ser reconstruído. Para acabar com a insegurança –ou, pelo menos, mantê-la em um nível saudável e menos dolorosos– , confira três orientações básicas:
 

Perdoe de fato, não da boca pra fora

 
Segundo Thiago de Almeida, mestre pelo Departamento de Psicologia Experimental do Instituto de Psicologia da USP (Universidade de São Paulo), não são poucas as pessoas que tentam evitar os conflitos para preservar a relação em momentos difíceis como uma traição."Há quem tente simplesmente colocar uma pedra sobre o assunto, em vez de esmiuçá-lo, o que transforma o perdão em algo superficial. Por fora, a pessoa quer mostrar que tudo está bem, mas internamente fica analisando o tempo todo o comportamento do parceiro, em busca de pistas sobre uma nova infidelidade", diz.

O psicólogo diz que quem foi traído e não consegue desculpar de verdade, em vez de gastar energia e se concentrar nos novos rumos do romance, começa a perseguir o outro, vasculhar suas coisas, seguir seus passos nas redes sociais. Por isso, discutir a relação é necessário para superar o problema. E isso não significa apontar os erros de cada um, mas assumir responsabilidades e novos comprometimentos.
 

Não se apegue detalhes

 
Questionar alguns pontos sensíveis do relacionamento para tentar elaborar ou até mesmo explicar a traição é uma coisa. Tentar descobrir os detalhes, inclusive os mais sórdidos, sobre em que circunstâncias ela aconteceu é outra bem diferente (e muito nociva). O que importa se o sujeito que a fez perder a cabeça é careca e tatuado? Faz diferença saber como é o carro da mulher com quem ele foi para a cama? Evite alimentar ainda mais a paranoia.
"Pior ainda é forçar o traidor a contar os pormenores sobre as relações sexuais que tiveram. Isso só serve para se machucar ainda mais, e em um momento em que é preciso ser uma pessoa inteira para reconstruir a autoestima e ter um olhar diferente sobre a relação", conta a psicóloga Raquel Fernandes Marques. Ela afirma, ainda, que em muitos casos o sexo só funcionou como uma válvula de escape, não como a motivação principal para a infidelidade. "É claro que é preciso conversar sobre o que houve, senão o tema vira tabu. Mas certas particularidades não têm a ver com a história do casal, e é ela que merece ser analisada", declara Raquel.
 

Dê um voto de confiança

 
Você perdoou a infidelidade, a convivência vai bem, seu parceiro parece realmente arrependido, mas a insegurança volta e meia marca presença na sua cabeça. Abra o jogo sobre seus sentimentos; afinal, o diálogo sempre é o melhor caminho para solucionar qualquer crise na vida de um casal. No entanto, não transforme as confissões em um mecanismo de cobrança e de vingança.

"Agir dessa forma é condenar ao fracasso um relacionamento com chances de dar certo, de se restabelecer", afirma a terapeuta sexual e de casal Carmen Janssen. Por mais que doa, ela explica que é preciso ter consciência de que, se a traição aconteceu, é porque houve espaço para a entrada de uma terceira pessoa.

Assumir a parcela de responsabilidade sobre o que houve é sinal de maturidade e ajuda a enxergar o parceiro como ele de fato é, e não sob a visão distorcida da mágoa e da raiva. "E é necessário dar um voto de confiança, acreditar na palavra alheia. Afinal, vocês construíram uma história juntos. Em vez de se concentrar nos erros, que tal pensar nas coisas positivas do relacionamento e, assim, seguir mesmo em frente?", diz Carmen.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Está difícil acordar cedo? Médica dá dicas para contornar o problema

 Como ninguém se prepara para voltar a acordar cedo no fim das férias ou dos feriados, é comum sentir os efeitos da privação de sono ao retomar a rotina

Com o fim das férias e o retorno do Carnaval, muita gente sofre para voltar à rotina de dormir e acordar no horário, em especial os adolescentes. Em alguns casos, o problema é crônico e chama-se "síndrome do atraso na fase de sono".
"Naturalmente, o adolescente tem uma tendência a dormir e acordar mais tarde", explica a neurologista Ana Karla Smith, do Instituto do Sono de São Paulo. A causa disso, segundo ela, é hormonal.
Como ninguém se prepara para voltar a acordar cedo no fim das férias ou dos feriados, é comum sentir os efeitos da privação de sono quando a rotina volta ao normal: falta de concentração e irritabilidade são alguns sintomas.Em alguns casos, o prejuízo é muito grande: a pessoa começa a faltar em compromissos, sente muita sonolência durante o dia e perde produtividade no trabalho ou na escola. Se o problema persiste por mais de 30 dias, os especialistas consideram que se trata da síndrome.Adaptar o relógio biológico à rotina inclui mudanças graduais, conta a especialista: a cada semana, a pessoa deve dormir alguns minutos mais cedo. Também é preciso controlar os estímulos à noite: TV, internet e exercícios físicos devem ser deixados de lado perto da hora de dormir.

Trabalho noturno e alimentação em horário irregular prejudicam a saúde 4



O trabalho noturno e a alimentação em horários irregulares se apresentam como perigos reais à saúde, assim como a obesidade, o transtorno metabólico e o diabetes, segundo um artigo publicado nesta quinta-feira na revista Current Biology.

Os pesquisadores, liderados por Shu-qun Shi, do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Vanderbilt (Tennessee), descobriram que a ação da insulina sobe e baixa de acordo com o ritmo circadiano de 24 horas.

"Muitos processos fisiológicos possuem ritmos próprios de dia e noite, incluído o comportamento da alimentação, do metabolismo de lipídios e carboidratos e do sonho", revelou o artigo, que também indicou que estas oscilações diárias controlam o chamado "relógio circadiano" biológico.

O transtorno da sincronia no ritmo circadiano, que é uma das características do trabalho em jornadas noturnas, o desajuste que ocorre durante longas viagens de avião e os transtornos nas horas de sono "podem ter efeitos significativos sobre a regulação do peso corporal e sobre a homeostase de glicose e lipídios", acrescentou o estudo.

Os experimentos feitos com cobaias mostraram que, quando os animais não podem manter uma regularidade, o ciclo circadiano gira em torno de em uma modalidade resistente à insulina e propensa à obesidade.

"Estávamos acostumados a crer que algumas coisas eram tão importantes que deviam ser constantes", comentou Carl Johnson, do Departamento de Fisiologia e Biofísica da universidade citada e um dos idealizadores do estudo.

"Agora, nós sabemos que estes pontos-chaves do metabolismo mudam em função da hora do dia", acrescentou o pesquisador.

As cobaias normais se tornam resistentes à insulina durante o dia quando em geral estão dormindo, da mesma forma que a maioria dos animais sonâmbulos.

Os pesquisadores interferiram nessa regularidade, seja por defeito genético ou pela exposição constante à luz, e fizeram com que os ratos perdessem a noção das horas.

"Desde Claude Bernard, no século XIX, o conceito de homeostase como manutenção de um ambiente interno constante esteve profundamente enraizado em nossa ideia de como funcionam os organismos", descreveram os pesquisadores.

Mas, de acordo com o estudo, este é um conceito errado pela simples razão de que o ambiente do animal segue seu próprio ritmo diário. "A evolução favorece os organismos que possuem uma ótima resposta ao ambiente, e esta é rítmica", apontou Johnson.

Por isso, a ação da insulina e o metabolismo do açúcar no sangue estão vinculados à hora do dia e aos mecanismos internos que levam em conta essas horas.

Isto representa um problema para os humanos que vivem em um ambiente no qual manipulam a luz disponível às horas de provisão de comida abundante.

"As dietas mediterrâneas, nas quais a principal refeição do dia é feita ao meio dia, provavelmente sejam as mais sadias", declarou Johnson, que acrescentou que os jantares devem ser mais leves e que os lanches após o jantar não é tão indicado.

Professorinha Helena nua na internet ainda preocupa os pais de fãs Carrossel



Quando os diretores da versão brasileira da novela infantil Carrossel, do SBT, escalaram a intérprete da Professorinha Helena, nunca imaginaram que o passado artisticamente corajoso da atriz Rosanne Mulholland iria causar tanto constrangimento e até mesmo esbarrar numa polêmica sobre formação pedagógica.
Em Carrossel, ela é uma professora bondosa, doce e ética, idolatrada pelos seus alunos, uma heroína quase mitificada, mas fora da novelinha há um vasto material disponível na internet que exibe a protagonista nua ou em situações sensuais, fruto de trabalhos anteriores da atriz. 
No filme de José Eduardo Belmonte, A Concepcão (2005), ela aparece fazendo sexo com dois homens e em um beijo lésbico. Em Falsa Loura (2007), dirigido por Carlos Reichenbach, a moça se mostra em um nu frontal logo após ir para a cama com um menino de 14 anos.
Essas cenas estão disponíveis no Google e acabam criando situações embaraçosas para os pais das crianças fãs da novelinha, que usam com exaustão esse mecanismo de busca. A dona de casa Luciana Ezarani, 31 anos, confessou ao Virgula Famosos que descobriu as fotos da atriz nua, impressas da internet, dentro do álbum de figurinhas da novela Carrossel que ela havia dado ao seu filho G.S.E., de 7 anos. Janaina Carla Damasceno, 27 anos, uma professora do ensino fundamental na vida real, admitiu temer a “falta de respeito” a ela pelos alunos que descobrirem a “vida dupla” da professorinha Helena. 
Ao depararmos com essas questões, conversamos com a psicóloga Eunice Albano, 51 anos, com o intuito de desvendar o quanto a imagem de uma "professora" que aparece nua na internet vai interferir negativamente na formação da criança. “A imagem da professora na visão infantil funciona como um mito e os mitos ajudam a dar a maturidade necessária para enfrentar os desafios futuros”, afirma a psicóloga. E continua: “Depende de como essa criança está sendo preparada para lidar com a nudez nesta família, se como tabu será sim um problema, se como parte natural da vida, a criança passará incólume a isso”.
Já sobre o respeito em sala de aula, entre "aluno e professor", o Virgula Famosos buscou o parecer da pedagoga Camila Del Dono, 29 anos, que nos disse: “Por ainda necessitar de alguns elementos concretos para desenvolver suas aprendizagens, as crianças acabam sim por associar as imagens da professora que lhe dá aula, com a imagem da professora Helena de Carrossel. É importante estabelecer com as crianças uma relação entre aquilo que é real e aquilo que elas veem na televisão”. Apontando uma solução para a polêmica, a pedagoga sugere: “Talvez seja interessante a escola e a família realizarem um painel para os alunos conhecerem as profissões e quais atividades são realizadas dentro de cada uma delas, e assim explicar quais são as funções de uma atriz”.
Na reta final da novela com seus altos índices de audiência e esta instigante discussão relembra que Silvio Santos, 82 anos, o dono do SBT (portanto quem dá o aval para a escolha de seus funcionários), sabia do risco, pois ao receber a atriz Rosanne Mulholland em seu programa Jogo das Pistas, assim que ela foi escolhida para viver o papel de Helena fez a pergunta em tom de piada: “Você fez 11 filmes, e nesses filmes você já fez alguma cena muito ousada?” E ela responde “Já!” Então ele completa: “E como é que agora você vai ser a Professorinha Helena?” com os risos do auditório. Silvio encerra: “Olha só, com vocês a nova Professorinha Helena!” e segue seu programa.
O que se sabe é que Carrossel é a telenovela do SBT de maior audiência nos últimos 11 anos, e que Rosanne foi alçada ao estrelato com um trabalho elogiado e que por uma ou outra razão as crianças adoram: a Professorinha Helena. “Eu [a] amo muito e gostaria de ter uma [professora] igual. Na minha escola não existe ninguém tão linda e tão amorosa como ela” encerra nossa reportagem especial a menina A.L.D., de 9 anos.

Papa não sabia mais em quem confiar após escândalo, diz número dois do Vaticano



Após o escândalo do vazamento dos documentos confidenciais da Santa Sé, o papa Bento 16 tinha a impressão de não ter mais pessoas de confiança ao seu redor. Foi o que disse o  número dois da Secretaria de Estado do Vaticano, Angelo Becciu, ao jornal italiano "La Stampa" ao relembrar a gravidade do caso Vatileaks, que ganhou ainda mais notoriedade com o anúncio da renúncia do pontífice.

ENTENDA O PROCESSO SUCESSÓRIO DO PAPA

Quando o chefe da Igreja Católica renuncia a sua função ou morre, seu sucessor é eleito pelos cardeais reunidos em conclave na Capela Sistina, onde ficam isolados do mundo exterior.

Cinco cardeais brasileiros deverão participar do conclave que se reunirá para eleger o sucessor do papa Bento 16. Segundo a última lista do Vaticano, há um total de 116 cardeais aptos a votar no conclave.

Para poder votar na escolha do papa, o cardeal precisa ter menos de 80 anos. O Brasil tem um total de nove integrantes no Colégio Cardinalício do Vaticano, mas quatro deles já ultrapassaram a idade limite.
"Foi o momento mais difícil, as pessoas ficaram chocadas e indignadas com o vazamento que causou muita dor ao papa", afirmou ele.
Um relatório de 300 páginas encomendado pelo pontífice com o detalhamento das investigações devem ser repassados aos cardeais antes do conclave, que vai eleger o novo papa. 
Apesar de o conteúdo do relatório ser secreto, o jornal "La Repubblica" revelou que o documento descreve as lutas internas pelo poder e pelo dinheiro, assim como o sistema de chantagens internas baseadas em fraquezas sexuais, o chamado "lobby gay" do Vaticano.
 
Sob o título "Não fornicarás, nem roubarás, os mandamentos violados no relatório que sacudiu o Papa", o jornal italiano informou ainda que o relatório relata a existência de uma "rede transversal unida pela orientação sexual". "Pela primeira vez, a palavra homossexualidade foi pronunciada no apartamento papal", afirma o jornal.
 
Durante oito meses, conforme o "La Repubblica", os cardeais interrogaram diversos religiosos, dividindo-os por congregação e nacionalidade, e estabeleceram que existem vários grupos de pressão dentro do Vaticano, entre eles um sujeito a chantagem, a "impropriam influenciam" por sua homossexualidade.
 
Outro grupo se especializava em montar e desmontar carreiras dentro da hierarquia vaticana. Já o terceiro e último aproveitava para utilizar recursos multimilionários para seus próprios interesses à sombra da cúpula de São Pedro através do banco do Vaticano, de acordo com a publicação.
 
O jornal chegou inclusive a relacionar a existência do documento com à renuncia de Bento 16, que se convenceu de que um sucessor mais jovem, forte e enérgico era o melhor indicado para fazer a limpeza na milenar instituição.
 
A previsão é que Bento 16 encontre um espaço em sua agenda nos próximos seis dias para se reunir com os cardeais para comunicá-los sobre o conteúdo do relatório antes mesmo do conclave, que vai eleger o novo papa. Ainda não se sabe quando a reunião de cardeais eleitores terá início. Mas espera-se que o próximo pontífice seja conhecido até a Páscoa, no final de março.

Gasto com filho até os 21 anos chega a R$ 1 milhão

Estudo estima gastos até os 21 anos do futuro herdeiro. Valores consideram custo com alimentação, educação, saúde e lazer

Rio - Quem pensa em ter filhos pode se preparar para desembolsar de R$ 200 mil a R$1 milhão ao longo dos 21 anos iniciais do herdeiro. Os valores consideram gastos básicos com alimentação, educação, saúde e lazer, dependendo da disposição de investimento e da renda mensal dos pais. No caso de dois filhos, o custo até mesma idade fica acima de R$ 1,7 milhões. Para cuidar de três, R$2,5 milhões.

Segundo o responsável pelo estudo, o professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e presidente do Instituto Nacional de Vendas e Trade Marketing (Invent), Adriano Maluf Amui, a família que gasta em torno de R$200 mil com um filho tem renda mensal de até R$ 2 mil. O desembolso de R$1 milhão é de família com renda acima de R$25 mil por mês.
Pensando no futuro, Caroline e Paulo Lacativa já fizeram até previdência privada | Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia

Na hora de fazer as contas, é preciso levar em consideração as despesas essenciais, os gastos dispensáveis e, no longo prazo, a necessidade de uma poupança. Na opinião do educador financeiro e presidente da consultoria DSOP Educação Financeira, Reinaldo Domingos, o ideal é que o custo do filho não ultrapasse 30% da renda média líquida do casal. Do contrário, o padrão de vida pode mudar drasticamente.

Com planejamento, especialistas mostram que é possível fazer um cálculo aproximado das despesas com o filho em cada fase da vida dele, da gestação à vida adulta. Entram na conta, também, gastos não previstos, como festas de aniversário e passeios. E, se o orçamento apertar, há duas alternativas: fazer dívidas ou rever prioridades com o supérfluo.

É dessa maneira que Paulo e Caroline Lacativa, casal de médicos, lida com a criação de Marina, de um ano, e Júlia, 4. Eles cortam os presentes fora de época, deixando-os somente para datas comemorativas durante o ano. Compras, só por necessidade. Afinal, há gastos em torno de R$2,5 mil por mês com creche de uma das meninas, além de alimentação, roupas, balé e capoeira.

“Em compensação, viajamos uma vez a cada semestre. É uma maneira de sair da rotina e poder passear com elas”, conta Paulo Lacativa. Quem também se organiza financeiramente é Gilsenberg Bittencourt, 33, pai de Gabriel, 9: “A gente fica apertado em algumas situações, mas vale a pena ver o filhão crescer feliz”.

No crescimento, orientação financeira deve ser frequente

Para a psicóloga Andreia Calçada, “orientação” deve ser a palavra predominante na relação entre pais e filhos quando o assunto é dinheiro. Mesmo com mesadas, a dica é sempre acompanhar o comportamento dos futuros herdeiros com os gastos durante a vida.

“Parece complicado, mas é possível educar desde cedo”, afirma. Segundo a especialista, se a criança é mal acostumada a ter tudo quando pede, a criança faz pirraças quando recebe a negativa. O indicado, ela diz: “Explicar para o filho que está sem dinheiro no momento ou enrolado com outras pendências. Precisa ser um diálogo aberto sobre isso”.

À medida que o filho cresce, os pais também precisam se monitorar. “Não pode associar o afeto à compra, como presentear sempre que a criança está triste”, alerta a psicóloga.

A partir de 10 anos, é comum que pais deem algum trocado para filhos saírem ou comprarem algo. Andreia Calçada sugere que esse seja um momento decisivo para começar a dar orientações financeiras, sempre estipulando limites com gastos e observando de perto os filhos.

“É preciso entrar no ‘jogo’”, diz. A psicóloga recomenda que esse acompanhamento deve ser cauteloso para manter boa relação no crescimento deles.

CRIAÇÃO X GASTOS

TUDO COMEÇA NA GESTAÇÃO

Confirmada a gravidez, surgem os primeiros gastos. “O casal começa a pensar na decoração do quarto e na compra de roupas, fraldas e itens de higiene”, enumera o educador financeiro Reinaldo Domingos, da consultoria DSOP. O chá de bebê é a primeira chance para economizar. Os presentes devem ser calculados conforme a quantidade necessária. Além disso, ultrassom, coleta de sangue do cordão umbilical e exame de audição também têm seu preço.

NASCIMENTO

“Os pais nunca se lembram da festa de aniversário, que pode ter bufê e palhaço, e das festas de amiguinhos, que demandam a compra de presentes”, lembra Domingos. Ele orienta que tais gastos podem ser compensados com uma reserva financeira. Se as despesas imprevistas não couberem no bolso, o melhor é optar por alternativas mais baratas, como fazer a festa em casa. Nessa fase, alguns gastos essenciais são: berço, fraldas, roupas, carrinho e vacinas. Decoração, babá eletrônica e festa em bufê, por exemplo, são opcionais.

AGORA JÁ É CRIANÇA

De acordo com Adriano Maluf Amui, responsável pelo estudo, nessa etapa é comum que os pais queiram levar os filhos para viagens dentro ou fora do país ou até extravasar nos presentes. “O ideal é que tudo isso aconteça a partir dos sete anos. O filho vai poder desfrutar mais da experiência”, afirma. Alguns gastos essenciais são: escola, material escolar, uniforme, saúde, alimentação, roupas e transporte escolar. Aparelhos eletrônicos (videogames, celulares, tablets), viagens e cursos livres (como idiomas e esportes), são opcionais.

DE JOVEM À VIDA ADULTA

Até os 21 anos, prepare-se para cursos, entretenimento, autoescola e faculdade. Os gastos são mais ‘salgados’, mas o filho já começa a pensar em construir o próprio futuro.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Gil Rugai é condenado pelas mortes do pai e da madrasta em São Paulo


Gil Rugai é condenado pelas mortes do pai e da madrasta em São Paulo


Após quase nove anos, Gil Rugai foi condenado nesta sexta-feira (22) pelas mortes do pai, Luiz Carlos Rugai, e da madrasta, Alessandra de Fátima Troitino, em São Paulo no dia 28 de março de 2004. A sentença ainda será lida pelo juiz, no entanto, a informação foi confirmada pela assessoria do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo). É o magistrado quem faz a dosimetria da pena e decide quantos anos o réu ficará preso pelos crimes.
Segundo o promotor do caso, Rogério Zagallo, quatro jurados votaram pela condenação por duplo homicídio e um pela absolvição --os votos param de ser lidos quando já há maioria--, já o agravante de motivo torpe (supostamente por ter sido demitido da empresa do pai após desfalques) ficou em quatro a três. "Missão dada é missão cumprida", disse o membro do Ministério Público.
Logo após o Conselho de Sentença decidir sobre o caso, o promotor e o assistente de acusação, Ubirajara Mangini, saíram da sala, se abraçaram e comemoraram a condenação. "Saiu a condenação merecida, justa e adequada. Foi feita justiça", disse Zagallo.

O plenário foi esvaziado por conta de tumulto e ainda não se sabe se as pessoas vão poder acompanhar a leitura da sentença que será feita em breve pelo magistrado Adilson Simoni.
A mãe do réu, Maristela Grego, e o irmão, Léo Rugai, que foi testemunha de defesa durante o julgamento que durou uma semana, deixaram o plenário chorando junto ao advogado Thiago Anastácio e se abraçaram sob aplausos do lado de fora do Fórum Criminal da Barra Funda.
Para a antropóloga Ana Lúcia Pastore Scheitzmeyer, que também foi testemunha arrolada pela defesa, a comemoração do promotor e do assistente de acusação logo após saírem da sala do Conselho de Sentença foi uma quebra de ritos. "Se eu fosse juíza, entraria com uma ação no Ministério Público".
Para a cientista, a atitude do promotor e do assistente, e das pessoas que aplaudiram, foi um desrespeito com todos da família. "Como se decide a vida de uma pessoa como se fosse um circo?", disse.

Debates

Durante a fase de debates, que antecede a decisão do Conselho de Sentença, o promotor Rogério Zagallo surpreendeu o plenário ao anunciar que não faria a réplica a que tinha direito. Ele não informou os motivos de ter abdicado da medida --que o daria uma hora a mais de discurso para tentar convencer os jurados da culpa do réu.
Os debates entre acusação e defesa começaram na manhã de hoje. Cada uma das partes teve 1 hora e meia para falar diretamente com os jurados.
Em sua fala, Zagallo descreveu Gil Rugai como uma pessoa agressiva e de personalidade dupla, a ponto de beirar a psicopatia.
Já a defesa tentou dissociar a imagem do réu à da estudante Suzane Von Richthofen. "O caso Richthofen não é o caso do Gil", disse o advogado Thiago Anastácio.
Em 2006, Suzane foi condenada a 39 anos e seis meses de prisão pelo assassinato dos pais, Manfred e Marísia von Richthofen, ocorrido em 31 de outubro de 2002.

Interrogatório do réu

O réu foi interrogado por cerca de quatro horas e meia na quinta-feira (21) e negou que esteve na casa do pai no fim de semana do crime, ou que estava brigado com o empresário na época das mortes, no entanto, admitiu que gosta de munições e que chegou a fazer um curso de tiro, cuja arma usada foi uma pistola 380 --mesmo modelo usado nos assassinatos. Ele também não confirmou que teria desfalcado a empresa do pai, principal motivo apontado pela acusação para os assassinatos.
O réu também contou, durante o interrogatório, que não foi tratado de maneira "muito gentil" pelo delegado que investigou os homicídios, Rodolfo Chiareli. Além disso, uma das principais provas usadas pela promotoria para acusá-lo, a marca de pé na porta do cômodo onde supostamente Luiz Carlos Rugai tentou se esconder, e que uma lesão no pé de Gil Rugai seria compatível com um trauma deste tipo não foi explicada pelo réu. "Eu sei que eu não chutei aquela porta. Eu não estava lá. Como chegou a esta conclusão, eu não sei", disse.
Após 35 minutos de inquirição da promotoria, a defesa do réu o orientou a não mais responder as perguntas da acusação. No momento da interrupção, o réu era questionado se conhecia uma lista de pessoas colocada pelo promotor --entre elas, algumas testemunhas--, bem como se tinha algo contra ou a favor delas. "Não é o momento adequado de fazer seu discurso", disse o advogado Marcelo Feller ao promotor Rogério Zagallo.
O advogado de defesa Marcelo Feller, disse após o fim do interrogatório do réu, durante conversa com jornalistas, que o "verdadeiro suspeito" pela morte do pai e da madrasta do estudante é, na realidade, um assistente pessoal do empresário, Agnaldo Souza Silva. Ele havia sido demitido por Luiz Carlos cerca de um ano antes do assassinato.

Testemunhas

A primeira testemunha ouvida pelo júri foi o vigia da rua em que o casal assassinado morava, denominado apenas como Domingos. Ele afirmou ter "certeza absoluta" que o réu deixara a casa do empresário cerca de 20 minutos após ter ouvido barulho de tiros. Ele foi a única testemunha a relacionar o réu diretamente ao local e dia dos assassinatos. Posteriormente, Valeriano Rodrigues dos Santos, um outro vigia da rua, disse que não viu o ex-seminarista saindo do local do crime.
Os advogados de defesa criticaram a maneira como as perícias foram conduzidas na residência do casal. "A acusação juntou no processo que os pés na porta [da sala onde Luiz Carlos foi morto] eram do Gil com base no depoimento de um sapateiro", disse. Peritos do IC (Instituto de Criminalística) de São Paulo, no entanto, afirmaram que a marca encontrada na sala "encaixa perfeitamente" na imagem sobreposta do pé do jovem.
Já no segundo dia do julgamento, a defesa tentou desqualificar o depoimento do instrutor de voo Alberto Bazaia Neto, testemunha de acusação, que disse ter ouvido o pai de Rugai dizer que tinha "medo" do filho depois de descobrir supostos desvios de dinheiro na empresa. Os advogados do réu mostraram documentos indicando apreensão de drogas no Aeródromo de Itú (SP) --onde fica o aeroclube em que Bazaia Neto é instrutor de voo.
O delegado que investigou o crime em 2004, Rodolfo Chiareli, disse durante seu depoimento que não tem dúvidas de que Rugai foi o autor dos assassinatos, e que a principal evidência encontrada foi o desvio de dinheiro da empresa Referência Filmes, de propriedade de Luiz Rugai, relatado por diversas testemunhas. A hipótese, no entanto, não teve nenhuma prova pericial apresentada pelo delegado, que admitiu não ter pedido um laudo que comprovasse os desfalques na empresa. 
O contador da empresa de Luiz Rugai, Edson Tadeu de Moura, depôs na quarta-feira (20), e também disse não ter como comprovar supostos desvios feitos pelo réu na empresa do pai. 
O irmão de Gil Rugai, Léo Rugai, disse em depoimento não saber se havia ocorrido alguma briga entre o pai e o irmão próximo à data do crime, e afirmou que  "era bastante comum" o irmão ser demitido e readmitido pelo pai. Segundo ele, Gil é inocente.
No penúltimo dia do julgamento, o ex-sócio do réu, Rudi Otto, confirmou ter visto uma pistola com o jovem antes dos assassinatos. Segundo ele, a arma estava em uma pasta que Rugai chamava de "mala de fuga", onde guardava também dólares, veneno e facas.
Indagado pelo promotor sobre as razões para ter desconfiado de Rugai "de imediato" após o crime, a testemunha relatou que o então sócio "estava estranho" na semana anterior aos assassinatos.

Diretor, advogado e ex-funcionária creem que "grosseria" de chefe de UTI em Curitiba pode ter motivado denúncias


Diretor, advogado e ex-funcionária creem que "grosseria" de chefe de UTI em Curitiba pode ter motivado denúncias


O diretor clínico do Hospital Evangélico de Curitiba, o pediatra Gilberto Pascolat, crê ser "extremamente possível" que a personalidade "exigente" e "ríspida" da médica Virginia Helena Soares de Souza possa ter dado origem às denúncias que a colocaram na cadeia, suspeita de "antecipar mortes" na UTI (unidade de terapia intensiva) da instituição, que chefiava desde 2006.
"Ela é uma profissional muito exigente, e por conta disso acabava sendo ríspida com quem não conseguia fazer o que ela achava preciso. Isso pode ter gerado raiva e algum desejo de vingança", falou.
Segundo Pascolat, o hospital já recolheu reclamações quanto à rispidez de Virginia feita por colegas médicos e outros funcionários. "Mas não há uma única queixa de maus tratos a pacientes."
"Há um clima de paranóia, estão fazendo acusações absurdas contra ela, parece haver motivação pessoal", argumentou, referindo-se à onda de denúncias de familiares de pacientes e funcionários do hospital (boa parte delas anônima), na imprensa, que se seguiu à prisão preventiva da médica, na terça-feira (19).
"Ninguém sabe ainda se ela é culpada ou não, mas já há um clima de linchamento. Se alguém sabia que problemas aconteciam há dois anos, por que não veio a público antes dizer? Por que não avisou a direção do hospital?", desabafou. "É bom lembrar que quem sabia e ficou calado pode ser cúmplice de homicídio [se Virginia for considerada culpada]. Quem está falando não percebe que pode estar até se complicando, pois teria testemunhado assassinatos e ficaram quietos."

"Ela era grossa e estúpida. Mas isso não é crime"

Uma ex-funcionária da morgue (setor responsável por recolher os corpos de pacientes que morrem durante o tratamento) do Hospital Evangélico lembra-se de Virginia como uma "pessoa enérgica". "Quando se dizia que ela estava na UTI, já entrávamos com medo. Nunca tive problemas com ela, mas ouvia todos dizeram que era grossa e estúpida, não tinha jeito para lidar com as pessoas", diz a mulher, que deixou a instituição há alguns anos.
"Mas isso não é crime, é?", argumenta. "Nosso contato com os médicos era pouco, mas nunca vi nem ouvi nada que me fizesse suspeitar das mortes que ocorriam na UTI. Mas acredito que muita gente ali no Evangélico não gostava dela (Virginia)."
As declarações de Pascolat e da ex-funcionária da morgue vão ao encontro do que sugeriu o advogado da médica, Elias Mattar Assad, logo que assumiu o caso. "[No Evangélico] Existem duas facções de funcionários lá dentro, mais antigos e mais novos, que não se dão. Há uma guerra fria, ou uma paz fria, lá dentro. Há uma tensão interna muito grande, que pode ter feito aflorar ressentimentos com relação à médica", falou, na terça.

Especialista vê riscos, mas UFC aposta em exames de sangue para evitar contágio em combates



Especialista vê riscos, mas UFC aposta em exames de sangue para evitar contágio em combates

A divulgação do caso de hepatite C contraída pelo ex-goleiro da seleção chilena e do São Paulo, Roberto Rojas, trouxe à tona algumas dúvidas sobre a transmissão de doenças dentro do esporte.

A hepatite é uma doença viral adquirida, na grande maioria dos casos, por contato com sangue ou transfusões, possibilidade esta apontada pelo chileno - ele realizou uma operação de vesícula há cerca de 15 anos e acredita ter sido esse o momento de contágio.
Em função do tipo de risco pelo simples contato com sangue, no futebol, por exemplo, é proibido pela Fifa (Federação Internacional de Futebol) que um atleta permaneça em campo com um corte ou ferimento que exponha seu sangue.

Em casos como este, ele é obrigado pelo árbitro a se retirar. Outro caso emblemático é o da NBA (liga norte-americana de basquete), que teve caso semelhante após o anúncio de que o ex-jogador Erwin "Magic" Johnson, que atuou nas décadas de 80 e 90, era portador do vírus da Aids.

Esporte que cresce cada vez mais no Brasil, o MMA vai na contramão de outras modalidades mundiais e libera uma enxurrada de sangue em seus combates. É comum não só ver os adversários duelarem ensanguentados por até 25 minutos como o chão também ser tomado pelo vermelho.

Segundo médico especialista ouvido pelo, isso propicia muito a transmissão de doentes virais. "Esse é um risco, é um grande risco, sem dúvida. O contato dentro do futebol existe. Por isso a Fifa obriga o jogador a sair do campo quando está com o sangue. E essas lutas livre de MMA são de alto risco. Acabam causando sangramentos e contatos entre os lutadores. O sangue pode até espirrar e atingir o oponente. Existe o risco também de pegar pelo tablado", falou Roberto Foccatia, coordenador do grupo de hepatites do instituto de infectologia Emílio Ribas.Principal evento de MMA do mundo, o UFC diz, no entanto, que não existe riscos de transmissão. Ressalta que os lutadores são submetidos a rigorosos exames de sangue, entre outros, e não só antes de assinarem contrato, como também na véspera de cada combate realizado. Se tiver alguma doença, não entra no octógono.
"Todo atleta, antes de lutar no UFC, independentemente se for a primeira luta, tem que fazer protocolo de exames. E nele estão marcadores como se existir hepatite viral, HIV e outras doenças. Isso porque sabemos do risco do sangue. Temos todo cuidado para que nenhum atleta atue sem exame. Isso é pré-requisito", falou Marcio Tannure, médico do UFC no Brasil.

"A gente pede sempre todos os exames, não só os sanguíneos, como ressonância cerebral pra ver se tem edema, aneurisma, hematoma. Também exames oftalmológicos pra ver se não tem problema na córnea. Temos cuidado pra não colocar o atleta em risco", continuou.O atleta brasileiro Gerônimo Mondragon foi até impedido de atuar em uma das etapas da organização americana, em 2012, no Brasil, por ter sido detectado vírus da hepatite B em seu exame médico pré-luta.
Considerado um dos atletas que mais fazem batalhas sangrentas por seu estilo trocador e franco, o norte-americano Carlos Condit, dos meio-médios do UFC, já chegou a declarar seu gosto por lutas banhadas em vermelho. "Eu gosto de lutas sangrentas. É o que diverte o público", disse Condit após derrota para o canadense Georges Saint-Pierre, em um dos mais sangrentos combates dos últimos anos.

HEPATITE C TEM ALTOS ÍNDICES DE INFECÇÃO ENTRE EX-ATLETAS

José Patrício/Folha Imagem Uma pesquisa realizada pelo Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP mostrou, em 2010, que entre ex-atletas, profissionais ou amadores, que atuaram nas décadas de 1950, 1960, e 1970, existe uma alta prevalência de infecção do vírus da hepatite C. De acordo com o professor Afonso Dinis Costa Passos, que coordenou o estudo, isso se deve principalmente à aplicação de drogas injetáveis e ao compartilhamento de seringas. "Naqueles tempos era mais comum a aplicação de vitaminas e estimulantes nos atletas. As seringas eram de vidro e para a desinfecção passavam por um processo de fervura", conta. A pesquisa envolveu 208 pessoas, todos ex-atletas profissionais ou amadores, de futebol e basquete, de Ribeirão Preto e de outras quatro cidades próximas. O trabalho de coleta de sangue foi realizado entre os anos de 2004 e 2007

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