segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Coronavírus: O que se sabe e o que ainda é dúvida sobre o novo vírus que surgiu na China

Vírus é apontado como a variação de uma família já conhecida pelos cientistas. Veja o que se sabe sobre origem, transmissão e sintomas. A nova epidemia de coronavírus já matou 81 pessoas e infectou mais de 2 mil na China, de acordo com um balanço divulgado nesta segunda-feira (27). Relatos da doença foram identificados em ao menos 12 países. No Brasil, o Ministério da Saúde descartou cinco casos suspeitos. Segundo a pasta, os casos "não se enquadram na definição de caso suspeito da Organização Mundial da Saúde (OMS)". Mas, por que este vírus está infectando tantas pessoas? Abaixo, confira o que se sabe e o que ainda falta esclarecer sobre o coronavírus: Qual é a origem do vírus? Onde surgiram os primeiros casos? O que é responsável pela transmissão? Onde estão as infecções? Onde ocorreu a primeira morte? Que medidas foram adotadas para evitar a proliferação do vírus? Como ocorre a transmissão? Quais são os sintomas? É um vírus que vem pra ficar ou vai 'desaparecer'? Há vacina disponível? Qual é o status de transmissão entre países? 22 de janeiro de 2020 - Trabalhadores produzem máscaras em uma fábrica em Handan, na província de Hebei, no norte da China. País proibiu trens e aviões de deixar Wuhan, epicentro do surto de coronavírus. — Foto: STR / AFP22 de janeiro de 2020 - Trabalhadores produzem máscaras em uma fábrica em Handan, na província de Hebei, no norte da China. País proibiu trens e aviões de deixar Wuhan, epicentro do surto de coronavírus. — Foto: STR / AFP 22 de janeiro de 2020 - Trabalhadores produzem máscaras em uma fábrica em Handan, na província de Hebei, no norte da China. País proibiu trens e aviões de deixar Wuhan, epicentro do surto de coronavírus. — Foto: STR / AFP 1. Qual é a origem do vírus? O novo vírus é apontado como uma variação da família coronavírus. Os primeiros coronavírus foram identificados em meados da década de 1960, de acordo com o Ministério da Saúde. A variação que está infectando diversas pessoas na China e em outros 12 países é conhecida tecnicamente como 2019-nCoV. Ainda não está claro como ocorreu a mutação que permitiu o surgimento do novo vírus. Outras variações mais antigas de coronavírus, como SARS-CoV e MERS-CoV, são conhecidas pelos cientistas. Estas variações foram transmitidas entre gatos e humanos e entre dromedários e humanos, respectivamente. 2. Onde surgiram os primeiros casos? A Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu o primeiro alerta para a doença em 31 de dezembro de 2019, depois que autoridades chinesas notificaram casos de uma misteriosa pneumonia na cidade de Wuhan, metrópole chinesa com 11 milhões de habitantes, sétima maior cidade da China e a número 42 do mundo. O tamanho é comparável com a cidade de São Paulo, que tem mais de 12 milhões de habitantes. Esta epidemia estava atingindo pessoas que tiveram alguma associação a um mercado de frutos do mar em Wuhan – o que despertou a suspeita de que a transmissão desta variação de coronavírus ocorreu entre animais marinhos e humanos. O mercado foi fechado para limpeza e desinfecção. Cronologia da expansão do novo coronavírus descoberto na China Situação do coronavírus na China — Foto: Guilherme Luiz Pinheiro/Arte G1Situação do coronavírus na China — Foto: Guilherme Luiz Pinheiro/Arte G1 Situação do coronavírus na China — Foto: Guilherme Luiz Pinheiro/Arte G1 3 . O que é responsável pela transmissão? Ainda não se sabe como se deu a primeira transmissão para humanos, a suspeita é que foi por algum animal silvestre, mas ainda não se sabe qual foi o responsável nem como ele transmitiu a doença, e nem mesmo se o novo vírus está associado a animais marinhos. Entretanto, uma pesquisa de cientistas chineses diz que a hipótese mais provável é que o animal seja uma cobra. Cobra chinesa (Bungarus multicinctus) que pode ter carregado a nova cepa do coronavírus — Foto: LiCheng Shih/CCBY2.0Cobra chinesa (Bungarus multicinctus) que pode ter carregado a nova cepa do coronavírus — Foto: LiCheng Shih/CCBY2.0 Cobra chinesa (Bungarus multicinctus) que pode ter carregado a nova cepa do coronavírus — Foto: LiCheng Shih/CCBY2.0 4. Onde estão as infecções? Foram registrados casos na China e em outros 12 países de 4 continentes: Estados Unidos, Canadá, França, Arábia Saudita, Austrália, China, Nepal e outros países da Ásia. Na China, a doença foi registrada em todas as províncias do país, menos na região do Tibete, mas a maior parte dos casos se concentra na província central de Hubei. No Brasil, cinco casos suspeitos foram descartados pelo Ministério da Saúde. 5. Onde ocorreu a primeira morte? Na China, em 9 de janeiro. Um homem de 61 anos foi a primeira vítima. O paciente foi hospitalizado com dificuldades de respiração e pneumonia grave, e morreu após uma parada cardíaca. Naquele momento, 41 pessoas já haviam se infectado. Ambulância cruza uma ponte em Wuhan, na província de Hubei no sábado (25); a cidade está isolada após surto de coronavírus — Foto: Chinatopix/APAmbulância cruza uma ponte em Wuhan, na província de Hubei no sábado (25); a cidade está isolada após surto de coronavírus — Foto: Chinatopix/AP Ambulância cruza uma ponte em Wuhan, na província de Hubei no sábado (25); a cidade está isolada após surto de coronavírus — Foto: Chinatopix/AP 6. Que medidas foram adotadas para evitar a proliferação do vírus? Ao menos dez localidades chinesas suspenderam a circulação do transporte público, uma medida para tentar evitar que o vírus se espalhe. Todas estão na província de Hubei. É na província de Hubei que está Wuhan, cidade considerada epicentro da doença. Wuhan está sob quarentena. As outras cidades afetadas pela medida são Ezhou, Huanggang, Chibi, Xiantao, Zhijiang, Qianjiang, Huangshi, Xianning e Yichang. Em Wuhan, autoridades chinesas estão construindo um hospital com 1 mil leitos para atender os casos da doença. O Ministério de Ciência e Tecnologia da China lançou oito projetos de pesquisa de emergência para ajudar a lidar com o mais recente surto de coronavírus no país. Novo hospital, pesquisas de emergência, restrição de circulação: os esforços da China para combater a expansão do coronavírus Pequim cancelou as comemorações do Ano Novo Chinês e suspendeu a entrada de turistas. As festividades, que seguem o calendário lunar, começariam na sexta-feira, 24 de janeiro, e durariam uma semana. Fora da China, os Estados Unidos anunciam procedimentos de detecção do vírus em três importantes aeroportos do país, incluindo um em Nova York em 17 de janeiro. Além dos EUA, aeroportos na Turquia, na Rússia e na Austrália passaram a utilizar monitores infravermelhos para identificar possíveis casos da doença. O aeroporto de Heathrow, em Londres, separou um terminal só para os viajantes que chegam de regiões já afetadas pelo vírus. Vendedora usa máscara em Chicago, nos EUA. Uma mulher foi identificada na cidade com infecção por coronavírus na sexta-feira 24 de janeiro. — Foto: Antonio Perez/Chicago Tribune/APVendedora usa máscara em Chicago, nos EUA. Uma mulher foi identificada na cidade com infecção por coronavírus na sexta-feira 24 de janeiro. — Foto: Antonio Perez/Chicago Tribune/AP Vendedora usa máscara em Chicago, nos EUA. Uma mulher foi identificada na cidade com infecção por coronavírus na sexta-feira 24 de janeiro. — Foto: Antonio Perez/Chicago Tribune/AP 7. Como ocorre a transmissão? A transmissão de pessoa para pessoa foi "provada", admitiu o cientista chinês Zhong Nanshan à rede estatal CCTV em 20 de janeiro. O que ainda precisa ser esclarecido, de acordo com o infectologista Leonardo Weissmann, é a capacidade de transmissão. "O vírus é da mesma família dos coronavírus, mas, por ser novo, não se sabe quão contagioso ele é. Sabemos só que as pessoas foram até o mercado da China. Mas qual é o nível de contágio? Pode ser só via aérea, secreções?" – Leonardo Weissmann. infectologista. Weissmann lembrou o caso do sarampo. Apesar de ser um vírus diferente, os cientistas sabem que um paciente pode transmitir para até outras 20 pessoas, o que o torna um vírus bastante contagioso. Raio X do novo coronavírus - VALE ESTE — Foto: Amanda Paes e Cido Gonçalves/Arte G1Raio X do novo coronavírus - VALE ESTE — Foto: Amanda Paes e Cido Gonçalves/Arte G1 Raio X do novo coronavírus - VALE ESTE — Foto: Amanda Paes e Cido Gonçalves/Arte G1 Sobre o 2019-nCoV, não há ainda uma estatística do tipo, nem taxa de letalidade prevista pelos cientistas. Outro ponto ainda a esclarecer está relacionado ao perfil dos pacientes. Os idosos geralmente são mais suscetíveis a casos mais graves por infecções do influenza, como o H1N1. Ainda não está claro se isso se repete entre as pessoas infectadas pelo 2019-nCoV. No caso da febre amarela, por exemplo, os homens são mais afetados nas infecções do Brasil. Os médicos ainda precisam traçar um perfil do paciente com o novo coronavírus. Cientistas do Colégio Imperial de Londres estimaram que a taxa de transmissão do novo coronavírus entre humanos é de duas a três pessoas para cada paciente infectado. O relatório, divulgado em 25 de janeiro, é preliminar e foi feito a partir de modelos computacionais baseados em dados de epidemias anteriores. 8. Quais são os sintomas? Foram identificados sintomas como febre, tosse, dificuldade em respirar e falta de ar. Em casos mais graves, há registro de pneumonia, insuficiência renal e síndrome respiratória aguda grave. Ciclo do novo coronavírus - transmissão e sintomas — Foto: Aparecido Gonçalves/Arte G1Ciclo do novo coronavírus - transmissão e sintomas — Foto: Aparecido Gonçalves/Arte G1 Ciclo do novo coronavírus - transmissão e sintomas — Foto: Aparecido Gonçalves/Arte G1 9. É um vírus que vem pra ficar ou vai 'desaparecer'? Não se sabe ainda. Alguns vírus, como o da catapora, não voltam a causar a doença novamente após uma primeira infecção. No caso do vírus da zika, por exemplo, o corpo responde e a mesma pessoa não passa a ser afetada novamente, o que gera uma redução natural no número de casos. A ciência ainda precisa estudar se o 2019-nCoV gera uma resposta imune definitiva ou se uma pessoa pode ser infectada mais de uma vez. 10. Há vacina disponível? Ainda não há vacina disponível. A Coalizão de Inovações em Preparação para Epidemias (Cepi) – grupo internacional para o controle de doenças – anunciou um fundo para apoiar três programas de desenvolvimento de vacinas contra o 2019-nCoV, o novo coronavírus. A Rússia também informou que busca uma vacina para o vírus. 11. Qual é o status de transmissão entre países? Uma comissão foi criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para debater a gravidade do surto e sua capacidade de disseminação internacional. Na reunião de 22 de janeiro, os integrantes informaram que precisam de mais informações. Um novo encontro foi feito no dia seguinte e a OMS sustentou que "ainda é cedo" para declarar emergência internacional por coronavírus. Até o momento, esse tipo de alerta ocorreu apenas em casos raros de epidemias que exigem uma vigorosa resposta, como a gripe suína H1N1 (2009), o zika vírus (2016) e a febre ebola, que devastou parte da população da África Ocidental de 2014 a 2016 e ainda atinge a República democrática do Congo desde 2018.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Qual é o melhor adoçante? Saiba prós e contras de 10 tipos

1. Acessulfame K
Foto: Getty ImagesDetalhes: é um sal derivado do potássio. Para atingir a dose máxima permitida por dia, uma pessoa com 70 kg precisaria consumir diariamente seis litros de um refrigerante zero.Prós: possui poder adoçante 125 vezes maior que o açúcar.Contras: a única restrição ao consumo desse adoçante é para portadores de doenças renais ou outras patologias cujo tratamento deve restringir o consumo de potássio.Calorias: não-calórico2. AspartameFoto: Getty ImagesDetalhes: é muito utilizado principalmente nas bebidas dietéticas.Prós: tem poder adoçante 200 vezes maior que o açúcar.Contras: existem dúvidas quanto aos malefícios desse adoçante, pois alguns estudos falam do seu potencial carcinogênico, enquanto outros relatam a segurança do uso.
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Foto: Getty Images7. Sacarina
Foto: Getty Images8. Sorbitol
Foto: Getty Images9. Sucralose
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Calorias: aspartame líquido contém 1,3 cal/10 gotas e em pó 4 cal/g
3. Ciclamato de sódio


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Detalhes: se houvesse um adoçante comercial composto 100% por ciclamato, uma pessoa de 70 kg poderia consumir diariamente, no máximo, seis sachês. Mas não há marca comercial que utilize apenas o ciclamato na composição. Ele está sempre associado a outros adoçantes e, dessa forma, a quantidade presente nos produtos é muito pequena. “Vale ressaltar que, no Brasil, o uso dessa substância é controlado pela Anvisa, que autoriza a comercialização com o limite máximo de 0,04 g de ciclamato para cada 100 g de alimento ou bebidas”, acrescentou a nutricionista Alessandra Nunes.
Prós: adoça 50 vezes mais que o açúcar.Contras: talvez seja o mais polêmico de todos. É amplamente utilizado em produtos alimentícios e farmacêuticos. No final da década de 1960, iniciaram-se alguns estudos sobre sua toxicidade, já que a metabolização do ciclamato pelo organismo gera um produto tóxico com ação carcinogênica. A maioria relata risco de desenvolvimento de câncer de trato urinário. As pesquisas sugerem que o consumo em longo prazo de alimentos contendo essa substância, como por exemplo, duas latas de refrigerante dietético por dia, durante 10 anos, seriam suficientes para aumentar em até três vezes a chance da doença. Porém, nada até esse momento se mostrou comprovado, pois todos esses estudos foram realizados com doses acima da recomendada. A nutricionista Alessandra Almeida acrescentou que o produto contém sódio em sua composição e, portanto, é um fator de risco para os hipertensos. 
Calorias: não-calórico
 4. Esteviosídeo/Stévia
Detalhes: extraído de uma planta conhecida como Stevia rebaudiana, tem dose diária recomendada de 5,5mg/kg, então uma pessoa de 70 kg poderia consumir 385 mg por dia de steviosídeo. Não tem contraindicação e é totalmente atóxico. Prós: é natural e possui sabor 300 vezes mais doce que o açúcar. Tem boa estabilidade em altas e baixas temperaturas, podendo ser levado ao fogo e ao congelador. Contras: possui forte sabor amargo residual. Calorias: não-calórico
 5. Frutose
Detalhes: extraída das frutas maduras, de alguns vegetais e do mel, pode ser consumida por diabéticos, mas só com orientação médica ou de uma nutricionista. Produz 4 cal/g, o mesmo valor da sacarose (açúcar comum). Por essa razão, é desaconselhável para regimes de emagrecimento.
Prós: a frutose é uma vez e meia mais doce que o açúcar, reduzindo assim a quantidade usada, ou seja, precisa de menos frutose para dar o mesmo sabor doce do açúcar.Contras: não possui limite de consumo, mas o excesso de frutose pode causar aumento nos triglicerídeos sanguíneos e provocar cáries, como informou Alessandra Nunes.Calorias: 4 cal/g 
  6. Manitol
Detalhes: é um edulcorante natural amplamente encontrado em vegetais como aipo, cebola e beterraba. Seu consumo diário é de 30g a 50g em doses parceladas por dia, embora algumas pessoas não tolerem quantidades superiores a 10g. Prós: seu poder adoçante é de 70% em relação ao açúcar. Não provoca cáries. Contras: há relatos de que provoca um significativo efeito laxante quando ingerido em doses elevadas.  Calorias: 2,4 cal/grama
Detalhes: uma pessoa com 70 kg pode consumir até 28 sachês por dia.  Prós: tem poder adoçante 300 vezes maior que o açúcar.  Contras: até hoje não existem comprovações quanto a sua toxicidade. “Sacarina sódica possui sódio em sua composição, sendo um fator de risco para os hipertensos”, alertou a nutricionista Alessandra Almeida. Seu uso não é indicado em período gestacional, pois é permeável à placenta e de difícil excreção pelo feto, o que estaria associado à diminuição do crescimento do bebê e ao aparecimento de tumores malignos, como informou Alessandra Nunes.  Calorias: não-calórico
Detalhes: 50% menos doce que o açúcar, seu consumo diário é de 30g a 50g em doses parceladas por dia, embora algumas pessoas não tolerem quantidades superiores a 10g.  Prós: é uma substância natural de algumas frutas e de algas marinhas. Resiste a temperaturas elevadas.  Contras: contraindicado para obesos e diabéticos descontrolados. Doses muito altas são diuréticas e aumentam a perda de cálcio no organismo, segundo Alessandra Nunes. Calorias: 0,01 cal/gota  
Detalhes: embora feita a partir de açúcar e com gosto de açúcar, não é reconhecida pelo organismo como um hidrato de carbono e, por isso, tem zero calorias. É uma alternativa útil para quem está tentando reduzir o açúcar ou a ingestão de calorias. Muitos produtos diet ou light, incluindo refrigerantes, bebidas gasosas e doces, são adoçados com sucralose.Prós: é cerca de 600 vezes mais doce do que o açúcar e, portanto, pequenas quantidades são necessárias para adoçar bebidas e alimentos.Contras: “A sucralose, possui cloro em sua composição, que compete com a absorção de iodo na glândula da tireoide, sendo contraindicado para pessoas que possuem distúrbios na tireoide”, segundo a nutricionista Alessandra Almeida.
Calorias: não-calórico  
 10. Xilitol
Detalhes: tem sabor semelhante ao da sacarose (açúcar comum). Não é encontrado puro e, normalmente, é usado na composição de adoçante para atenuar o gosto amargo de outros edulcorantes. Seu consumo diário é de 30 g a 50g em doses parceladas por dia, embora algumas pessoas não tolerem quantidades superiores a 10g. Seu poder adoçante corresponde a 50% da sacarose. Prós: tem o diferencial de causar uma sensação refrescante na saliva.  Contras: doses acima de 30 g/dia podem causar diarreia.   Calorias: 

Mitos e verdades do adoçante

Como os adoçantes não contêm calorias, posso ingerir o quanto quiser

Mito. O nutrólogo Fernando Chueire diz que, para não oferecer riscos à saúde, o consumo de adoçantes deve respeitar os limites de ingestão diária aceitável (IDA). "Para encontrar os valores máximos para cada pessoa é preciso multiplicar a quantidade de determinado adoçante pelo peso corporal. Mas vale ressaltar que é difícil ultrapassar as recomedações diárias. Por exemplo, uma pessoa que pesa 60 Kg pode ingerir até 2.200 mg de aspartame, o que significa que ela pode beber até 6,3 litros de refrigerante diet ou light em um único dia", explica o médico. Confira os valores máximos diários para cada tipo de adoçante:
Aspartame: 40 mg x peso corporal
Acesulfame K: 15 mg x peso corporal
Ciclamato: 11 mg x peso corporal
Sacarina: 5 mg x peso corporal
Sucralose: 15 mg x peso corporal

Adoçantes causam câncer

Parcialmente mito. De acordo com a nutricionista Carolina Paz, "quando consumidos regularmente em excesso e acima dos valores recomendados os adoçantes podem possuir efeito tóxico sobre o organismo e, assim, aumentar os riscos de incidência de câncer". Fernando Chueire explica que "o resultado dos estudos, realizados até o momento, não comprovou a relação dos adoçantes com o desenvolvimento de câncer".

Adoçante engorda

Parcialmente mito. De acordo com estudo publicado na revista "NeuroImage", a sensação de saciedade ao consumir o mesmo produto com açúcar ou na versão diet é diferente. A falta da glicose, responsável por liberar neurotransmissores que dão sensação de bem-estar, pode levar ao consumo exagerado de produtos em versão dietética, que podem conter muita gordura e, assim, promover ganho de peso. Segundo Carolina Paz, "os adoçantes possuem pouco ou nenhum valor calórico e, portanto, não engordam diretamente. Indiretamente, eles podem engordar, já que certas pessoas aumentam o consumo de produtos nas versões diet e light por achar que não vão ganhar peso consumindo itens sem açúcar".

Crianças não devem consumir adoçantes

Mito. Para Fernando Chueire, o crescente número de crianças obesas ou com sobrepeso pode justificar a substituição do açúcar por adoçantes. "Crianças diabéticas também podem fazer uso do produto, sempre com orientação médica e nutricional adequada", explica o nutrólogo.

A estévia é inofensiva à saúde

Verdade. Apesar do sabor residual forte, é o adoçante mais recomendado por médicos e nutricionistas. "A estévia é um adoçante natural. Estudos em animais e humanos indicam que essa substância possui propriedades anti-hipertensivas e que poderiam reduzir a glicemia em pacientes com diabetes tipo 2", diz Carolina Paz.

  • Grávidas não devem ingerir adoçantes

    Parcialmente verdade. O nutrólogo Fernando Chueire diz que ainda não existem dados conclusivos sobre a relação entre o consumo de adoçantes pelas grávidas e má formações fetais. "Somente diabéticas e mulheres que precisam controlar o ganho de peso devem ingerir adoçantes durante a gravidez, dando preferência para a sucralose, acessulfame K, estévia e aspartame", explica o médico.
  • A sucralose não faz mal à saúde

    Verdade. A nutricionista Carolina Paz diz que "a sucralose é o adoçante que possui sabor mais próximo do açúcar, já que é um derivado da cana. Ela é altamente estável em diferentes temperaturas e, de acordo com estudos realizados até o momento, não causa cáries".
    • Adoçantes podem ser consumidos por qualquer pessoa

      Parcialmente verdade. Em geral, qualquer pessoa pode ingerir adoçantes, desde que respeite a quantidade máxima recomendada. De acordo com Fernando Chueire, "o aspartame está contraindicado para portadores de fenilcetonúria, já que pode dar origem ao retardo mental. O problema é facilmente diagnosticado em recém-nascidos, através do chamado Teste do Pezinho".
    • Somente diabéticos devem consumir adoçante regularmente

      Mito. Fernando Chueire explica que "pessoas obesas ou com sobrepeso podem substituir o açúcar por adoçante, desde que respeitem a ingestão máxima recomendada. Além das bebidas, como café e sucos, é preciso levar em consideração a quantidade de adoçante contido em produtos industrializados diet ou light, como bolos, biscoitos, balas e refrigerantes". Segundo Carolina Paz, "estévia e sucralose são os adoçantes mais indicados para consumo diário, já que são menos propensos a causar qualquer tipo de dano ao organismo".
    • Fonte:Por Renata Demôro
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A DOÇANTE FAZ MAL PARA SAÚDE?

Algumas substâncias são definitivamente polêmicas. Entra ano, sai ano, independentemente do número de novas pesquisas científicas que,  acima de quaisquer suspeitas ou interesses econômicos  apontem o contrário, muitos  se recusam a mudar seus conceitos (ou pré- conceitos) e optam por seguir a fila dos que caem batendo sem nem querer entender o que o conhecimento científico tem a nos dizer. Os adoçantes certamente estão nesta lista “negra”, são rotulados como “vilões” da saúde e responsabilizados por tumores, diabetes, vários tipos de câncer, queda de cabelos e tudo mais o que se desejar falar.

Vamos  entender o que os trabalhos científicos e entidades acima de quaisquer suspeitas atualmente nos dizem sobre o consumo seguro de adoçantes. Para ajudar a quem quiser refletir sobre o assunto.

Vivemos uma era de contradições: o mundo vive uma verdadeira “epidemia” de obesidade. Consumimos cada vez mais alimentos processados e, no contrapasso, o excesso de peso é antagônico ao modelo de beleza estética desejado por todos. Difícil situar-se no equilíbrio.

Os adoçantes, ou edulcorantes, tornaram-se uma das formas pelas quais  conseguimos consumir uma maior variedade de produtos gostosos sem ingerir calorias em excesso. Estão presentes em sucos, refrigerantes, doces, sorvetes, gelatinas e até no cafezinho diário, por opção própria de quem o utiliza.

Os adoçantes são substâncias que tem um poder edulcorante muito potente. Isso significa que uma pequena quantidade já é suficiente para adoçar os alimentos de forma bastante satisfatória. Por isso é que a quantidade normalmente utilizada de adoçante, para se obter o mesmo sabor doce é muito menor do que a quantidade de açúcar branco. No cafezinho, por exemplo, apenas 3 gotas são suficientes.

Estudos demonstram que não aumentam o apetite nem provocam  ganho de peso. Apenas adoçam. São produtos químicos? Sim. Como tantos outros que normalmente consumimos no dia a dia.

Fazem mal à saúde? Foram e continuam sendo exaustivamente estudados. Por todas as razões e interesses. E o que os estudos apontaram? Especialistas no assunto, de instituições insuspeitas como o FDA (Food and Drug Administration) dos Estados Unidos, do JECFA (Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Additives) e do NCI (National Cancer Institute) dos Estados Unidos chegaram à conclusão de que os edulcorantes não causam câncer ou qualquer outro efeito adverso à saúde.

Estas instituições estabeleceram, para cada adoçante, a IDA, isto é, a Ingestão Diária Aceitável, que é quantidade que se pode ingerir por dia com segurança e sem efeitos deletérios à saúde. A IDA do aspartame, por exemplo, é de 50 mg/kg de peso ao dia. Isso quer dizer que uma pessoa de 70 kg pode consumir com segurança até 3500 mg por dia. Isso é muito. Vamos fazer contas: considerando que um refrigerante adoçado com aspartame tem, em média, 40 mg de aspartame por 350 ml ( 1 lata), significa que este adulto de 70 kg poderia tomar até 80 latas por dia! Ou até 100 sachês de adoçante de mesa por dia, levando em conta os que tem 35 mg de aspartame por sachê. Lembrando que o aspartame tem um poder edulcorante  150 a 200 vezes maior que o açúcar, fica fácil imaginar que é muito difícil  ultrapassar a IDA.

Leia os rótulos dos produtos, e faça suas contas. A IDA da sacarose é de 5 mg/kg,  a da sucralose de 15 mg/kg e a do acesulfame de potássio de 15 mg/kg/dia.

Estes são alguns dados. Informe-se mais, continuamente e forme, com robustez, seriedade  e consistência científica, sua opinião.


Amigo(a) Leitor caso você concorde ou descorde  fala aqui o seu comentário! Teria o prazer em responder.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Jejum intermitente!

Apesar de não ser uma ideia recente, jejuar para perder peso começou a fazer sucesso apenas em 2013, após o médico inglês Michael Mosley lançar o livro "A Dieta dos 2 Dias". Desde então o jejum intermitente se popularizou. Mas será que é uma boa dieta?  De acordo com a nutricionista Mariana Del Bosco, jurada do Ranking das Dietas do Viva Bem, as evidências científicas são difíceis de avaliar, pois existem diversos métodos sendo feitos e estudados. "Em animais o jejum mostrou benefícios em doenças degenarativas, doenças cardiovasculares, câncer, obesidade e diabetes. Em humanos a restrição continua e jejum intermitente trouxeram resultados similares", pondera. Também.


Amigos leitores veja que todas as pequisas são unanimas em afirma os benefícios que o Jejum Intermitente faz no seu corpo. Faça seu comentário aqui em baixo: Terei o prazer em me aprofunda no a sunto.

O que é o jejum intermitente?



Na publicação, o britânico propunha um método chamado 5 por 2, no qual a pessoa poderia se alimentar normalmente, mas sem exageros, por cinco dias e fazer um semi-jejum nos outros dois. Semi-jejum, porque os homens poderiam consumir até 500 calorias e as mulheres, 600. Do método de Mosley, que foi seguido por estrelas como Gwyneth Paltrow, Jennifer Aniston e Jennifer Lopez, surgiram outras vertentes da dieta, cada uma com uma janela alimentar diferente. Hoje, o jejum intermitente pode ser dividido em duas subclasses: o jejum de dias alternados e a alimentação restrita por tempo.


O jejum realmente emagrece?

Um estudo gigante publicado em 2017 no periódico Journal of the International Society of Sports Nutrition sugere que o jejum intermitente é igualmente eficaz para a perda de peso como a restrição diária de calorias (a tradicional dieta), principalmente entre aqueles com excesso de peso e obesidade. Os resultados variam, no entanto, dependendo das circunstâncias individuais e da quantidade de peso que o indivíduo deseja ou precisa perder. Isso ocorre porque o jejum intermitente não é uma "dieta", mas sim um programa de alimentação, que demanda adaptações alimentares a longo prazo. Como o jejum é uma prática difícil, muitos desistem logo no início.

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