O Vaticano disse neste sábado que o conclave que escolherá o sucessor
do papa Bento 16 começará antes de 15 de março se houver quórum de
cardeais suficiente em Roma. O porta-voz do Vaticano, padre Federico
Lombardi, afirmou que as regras da Igreja definem que a data dos
conclaves pode ser "interpretada" diferentemente desta vez, já que se
trata de uma circunstância extraordinária, após a histórica renúncia de
Bento 16. Ele afirmou anteriormente que o conclave começaria entre 15 e
20 de março, de acordo com as regras existentes. Mas, neste sábado, ele
disse que os acontecimentos podem ocorrer mais rapidamente, já que a
Igreja está lidando com uma renúncia anunciada previamente, e não com
uma súbita morte do pontífice.
ENTENDA O PROCESSO SUCESSÓRIO DO PAPA
Quando o chefe da Igreja Católica renuncia a sua função ou morre, seu sucessor é eleito pelos cardeais reunidos em conclave na Capela Sistina, onde ficam isolados do mundo exterior.Cinco cardeais brasileiros deverão participar do conclave que se reunirá para eleger o sucessor do papa Bento 16. Segundo a última lista do Vaticano, há um total de 117 cardeais aptos a votar no conclave.
Para poder votar na escolha do papa, o cardeal precisa ter menos de 80 anos. O Brasil tem um total de nove integrantes no Colégio Cardinalício do Vaticano, mas quatro deles já ultrapassaram a idade limite.
O conclave que escolherá o sucessor de Bento 16 terá a participação de
cinco cardeais brasileiros com direito a voto e que podem ser eleitos
pontífices.
O arcebispo emérito de São Paulo, dom Claudio Hummes, terá 78 anos
quando começar o processo de escolha do novo papa, marcado para a
segunda metade de março. Ele será acompanhado do atual presidente da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Raymundo
Damasceno, que completa (completou) 76 anos em 15 de fevereiro e também é
arcebispo de Aparecida.
Os outros três brasileiros no conclave são o prefeito da Congregação
para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida
Apostólica, no Vaticano, dom João Braz de Aviz, 65; o arcebispo de São
Paulo, dom Odilo Pedro Scherer, 63; e o arcebispo de Salvador e
ex-presidente da CNBB, dom Geraldo Majella Agnelo, que completará 80
anos em outubro.
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