sábado, 12 de abril de 2014

Anatel quer limitar poder das grandes operadoras sobre 4G

O leilão da faixa de frequência de 700 mega-hertz, considerada o "filé mignon" da tecnologia 4G, vai oferecer três lotes nacionais e um lote dividido em áreas menores. Segundo o gerente de regulamentação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Nilo Pasquali, o objetivo é que empresas de menor porte possam comprar os “pedaços” inferiores, mas uma mesma empresa pode arrematar todo o lote.
O leilão terá duas rodadas, uma com os lotes maiores e outra com os lotes menores. Se na primeira rodada sobrar algum dos lotes nacionais, eles serão divididos em partes menores. A proposta de edital do leilão foi aprovada ontem pelo Conselho Diretor da Anatel, e ainda deverá passar por consulta pública. A previsão é que o leilão seja feito até agosto.
O edital deverá ter um anexo tratando da realocação dos canais de televisão que ainda ocupam a faixa de 700 MHz, e devem migrar para o sinal digital. Os custos serão bancados pelos vencedores do leilão.

Interferências
A introdução do 4G na faixa de frequência de 700 MHz - ocupada atualmente por emissoras de TV - poderá causar interferências em milhões de televisores, segundo a Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (SET). A apropriação do espectro está prevista para acontecer aos poucos, com início este ano, na tentativa de impulsionar o alcance da internet móvel que hoje é restrita à limitada faixa de 2,5 GHz.

Citando testes feitos pela Universidade Mackenzie, a SET alertou no começo do ano que a divisão do espaço prejudicará a recepção de TV digital, causando interrupção na programação, imagens congeladas e até tela negra. “Os resultados mostram que, nos casos críticos, é necessária uma combinação de diversas medidas como alterações das antenas, adição de filtros nos televisores e nos transmissores LTE”, disse à época Olímpio José Franco, presidente da SET.

Por considerar difícil a convivência na faixa de 700 MHz, a entidade sugere que a banda larga móvel seja posicionada em UHF, evitando um “apagão de milhões de residências que dependem da TV aberta". Além disso, para não reduzir adicionalmente os canais destinados à TV, torna-se necessário, na visão da SET, aumentar a banda de guarda entre os dois serviços.

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