Entenda o papel da genética e da alimentação no surgimento da doença
As causas do câncer ainda intrigam os especialistas, enquanto alguns
hábitos são notadamente perigosos (caso do tabagismo, por exemplo),
ainda existe dúvida em relação ao peso de fatores genéticos no
surgimento da doença. A falta de repertório não afeta só a população
leiga, mas também os profissionais da saúde - o assunto, inclusive, foi
tema destaque no último congresso da Sociedade Europeia de Oncologia
Clínica, realizado na Áustria. Conscientes de que há carência de
informações seguras, principalmente, no que se refere à prevenção do
câncer, os especialistas dedicaram horas para apresentar o que já se
sabe - as revelações foram baseadas num estudo que avaliou as principais
dúvidas de 748 pessoas quanto ao tema, a seguir você confere as
principais novidades.
Genética
No Congresso, os especialistas apresentaram um
estudo com 748 pessoas, incluindo profissionais de saúde, e 90% do grupo
disse acreditar que a genética aumenta significativamente o risco de
câncer. "Na realidade, apenas 5% a 8% dos tipos de câncer são,
dependendo de sua localização, de fato causados por um gene herdado",
afirma o oncologista Artur Malzyner, da Clinonco, de São Paulo. De
acordo com o oncologista, a confusão provavelmente se dá porque existem
fatores externos, como o tabaco, o álcool e substâncias presentes no
plástico (como o bisphenol A) que causam a mutação dos genes, servindo
como gatilho para um câncer. "Mas existem tipos de câncer com
predisposição mais alta em caso de doenças de cunho genético, é o caso
da polipose familiar do cólon (crescimento que se projeta da parte
interna do cólon ou do reto)", diz o especialista.
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