sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Bebida mais cara reduz mortalidade ligada ao álcool







Estudo afirma que aumento de 10% no custo reduz em 32% as mortes





Uma pesquisa feita pela Universidade de Vitória, no Canadá, associou o aumento dos preços de bebidas alcoólicas a uma queda significativa no número de mortes relacionadas ao consumo de álcool. Os resultados foram publicados na revista científica Addiction.

O estudo, realizado entre 2002 e 2009 na província da Colúmbia Britânica, analisou dois períodos: no primeiro, as bebidas só podiam ser compradas em lojas do governo. No segundo, foi liberada a venda em pontos do setor privado ? e a bebida era vendida a preços mais elevados, nesse caso.

Os autores descobriram que um aumento de 10% no custo das bebidas poderia levar a uma queda de 32% nas mortes relacionadas ao consumo de álcool. No entanto, quando foram abertos mais pontos de venda, o acesso às bebidas alcoólicas ficou mais fácil, o número de internações aumentou e houve uma alta de 2% nas mortes para cada 10% de crescimento na quantidade de pontos de venda.

Esse foi o primeiro estudo a destacar os efeitos do preço do álcool nos índices de mortalidade dos consumidores. Segundo os pesquisadores, com um aumento dos preços das bebidas, a redução no número de mortes é "imediata, substancial e significativa".

Reconheça os estágios da ingestão de álcool no seu corpo
Quanto tempo demora para você sentir os efeitos da bebedeira no corpo? Mesmo que a quantidade de bebida necessária para a embriaguez varie de pessoa para pessoa, os perigos do consumo de álcool são iguais para todos.

O psiquiatra Arthur Guerra, professor da Faculdade de Medicina do ABC, explica que os danos fisiológicos causados por uma intoxicação aguda pelo álcool são reversíveis, mas a lentidão e a perda de consciência podem causar graves acidentes, esses sim com complicações permanentes. "Existem três principais riscos decorrentes do consumo excessivo de álcool: a perda dos reflexos, favorecendo acidentes; a aspiração do vômito, que acontece durante o período de inconsciência; e o quadro de depressão respiratória, ou seja, a diminuição ou cessação da respiração". Os especialistas explicam como até mesmo um dia de porre afeta o funcionamento do seu organismo: 

Estágio 1: enquanto você ainda está sóbrio

A psicobióloga Maria Lúcia Formigoni, chefe do departamento de Psicobiologia da Unifesp, explica que as moléculas de álcool são pequenas e solúveis. Isso significa que elas chegam muito rapidamente a todos os nossos tecidos, principalmente ao fígado, órgão responsável por 90% da metabolização do álcool, que é então transformado em acetaldeído. Essa substância é a responsável pelos efeitos danosos associados ao consumo de álcool. E, mesmo enquanto você está sóbrio, ela já está se acumulando no seu organismo e deteriorando sua saúde. "Os sintomas da ressaca, como as dores de cabeça, a pressão arterial elevada e a taquicardia, são causados pelo excesso dessa substância no organismo", explica a especialista.

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