Assentada a
poeira de mais um pronunciamento polêmico do ministro Joaquim Barbosa,
segunda-feira, importa ir além da reação dos presidentes da Câmara e do
Senado, bem como de líderes partidários. Eles não aceitaram que o
presidente do Supremo Tribunal Federal tivesse rotulado o Congresso como
ineficiente e submisso ao Executivo, assim como se indignaram com a
afirmação de que os partidos, no Brasil, são de “mentirinha”. Guardadas
as proporções, sua performance lembra a sucessão de 1960. Juscelino
Kubitschek terminava seu mandato envolto em altíssimos índices de
popularidade. Era o brasileiro mais admirado naqueles idos. Foi quando
apareceu Jânio Quadros, dizendo em praça pública tudo o que a população
ansiava, em se tratando de reformar costumes e práticas. Deu um passeio
nas urnas. Vale registrar apenas a quadra eleitoral. O que aconteceu
depois com Jânio nada tem a ver com Barbosa. Nunca teve antes, também,
exceto o fascínio que um despertou no eleitorado e o potencial que o
outro agora apresenta. Como não temos bola de cristal, recomenda-se
aguardar. Mas que o homem tem tudo para ser lançado e eleito, isso tem. Leia o artigo completo do jornalista Carlos Chagas.
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