O efeito sanfona, aquele "engorda-emagrece-engorda", tem como causa principal a alimentação desregulada. “Infelizmente, as pessoas buscam emagrecer rapidamente e deixam de consumir alimentos essenciais ao metabolismo”,
explica Luciana Harfenist (RJ), nutricionista funcional e diretora da
Clínica de Nutrição Multidisciplinar Luciana Harfenist (RJ).
Yole Brasil Luz (RS), nutricionista da Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN), concorda e completa as causas do efeito sanfona:
“A redução drástica na alimentação provoca redução do nível de leptina
no sangue (hormônio encarregado de produzir saciedade no cérebro) e
aumento nas concentrações de grelina (hormônio produzido no estômago com
função de estimular o apetite), levando o paciente a recuperar
rapidamente o peso perdido e entrar no efeito sanfona”.
Segundo Luciana, o emagrecimento rápido leva à perda
da massa magra e diminuição do metabolismo basal (energia necessária
para o organismo funcionar em repouso). “Por isso, ao encerrar a dieta, o
peso volta rapidamente”, esclarece Luciana.
De acordo com Yole, qualquer pessoa pode desenvolver o problema e
adverte: “Estudos recentes revelam maior incidência em mulheres, mas
nada muito significativo. O que torna a pessoa vulnerável ao efeito sanfona é estar sem acompanhamento psicológico, nutricional e físico”.
Já Luciana afirma que as pessoas sedentárias, ou que ficam horas sem comer estão mais propensas a desenvolver o efeito sanfona.
“A ingestão de carboidratos e fibras geram um aumento gradativo da
glicemia e da insulina e, dessa forma, manteremos a saciedade por 3 a 4
horas”, explica.
A primeira regra para quem sofre do efeito sanfona é
controlar a alimentação. “Comer a cada três horas mantém o metabolismo
ativo, ou seja, fazer de cinco a seis refeições ao dia. A alimentação
deve ser rica em alimentos funcionais com baixo índice e carga glicêmica
(açúcar). Uma dica para evitar o efeito sanfona é apostar nas folhas verdes e roxas” explica Luciana. O ideal é fazer um prato bem colorido.
Yole aponta que os exercícios também participam no controle do engorda-emagrece.
“Não caia na ilusão das dietas fáceis e milagrosas. Procure a ajuda de
um profissional habilitado”, complementa. Outra dica que a nutricionista
dá é se preocupar com o pós-dieta: “Mantenha o
acompanhamento médico até que o padrão alimentar esteja incorporado.
Além dos exercícios também é importante não descuidar do psicológico que
influencia muito no ganho de peso”, explica.
Hábitos e alimentos que ajudam a frear o efeito sanfona:
- Frutas (indicado comer cinco por dia).
- Castanhas, que é fonte importante de vitamina E, magnésio e ômega 3 (o ideal é ingerir um tipo todos os dias).
- Salada crua no almoço e jantar.
- Peixes e carnes magras.
- Mastigue por mais tempo os alimentos.
- Pães integrais com baixo índice glicêmico.
- Óleos essenciais que modulam a inflamação: azeite extravirgem, óleo de macadâmia, óleo de castanha-do-Pará.
- Água (de seis a oito copos diários).
- Evite excessos alimentares.
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