sexta-feira, 1 de março de 2013

Venda online de objetos usados vira fonte de renda e de renovação

Diferentemente do que acontecia nos tempos da vovó, o destino de roupas que não servem mais, sofás desbotados e armários demodê mudou. Agora, em vez de irem parar no lixo ou numa instituição de caridade, esses objetos ganham novos lares com vendas promovidas através da internet.

A web entrou em cena como um dos principais meios para passar adiante objetos usados. A novidade é que não se usam mais apenas sites especializados em vendas. Blogs, tumblrs e até mesmo páginas no Facebook agora também passaram a ser usados como meios para vender tudo aquilo que não se quer mais.
Mais do que uma fonte de renda, o objetivo desse novo mercado é passar adiante aquilo que um dia já teve uma história e precisa de novos ares. A venda online é uma maneira de se livrar de um objeto sem depreciá-lo, afinal, muitas vezes são coisas de que ainda se gosta, mas apenas não se quer mais.

Já a motivação de alguém que compra esse artigos, na maioria dos casos, é economizar ou adquirir produtos que são feitos com materiais melhores e com design que não existe mais. Por isso, artigos vintage costumam estar entre os mais procurados.
A palavra de ordem é: Lavou, tá novo!

IDA VENDE TUDO
Inspirada pela conhecida prática do Família vende tudo, a jornalista Ida Feldman também resolveu vender tudo e mais um pouco. Tudo começou com um móvel antigo que tinha em sua casa e não sabia mais onde colocar. Resolveu então divulgar para amigos através do seu e-mail (que segundo ela contém um mailing de dar inveja) fotos do móvel já com um preço estabelecido por ela. 
Inesperadamente, em poucos dias, quatro pessoas se interessaram pelo produto e se diziam dispostas a pagar por ele. “Eu não esperava uma resposta tão rápida. E achei ainda inusitado que um móvel antigo fosse despertar o interesse nas pessoas”, conta.

Ao perceber a facilidade de venda pela internet, Ida pensou: "Por que não vender as coisas dos outros também?". Foi aí que surgiu a ideia de criar uma lojinha virtual, na qual vende as coisas dos amigos para outras pessoas.

Funciona assim: quem tem um móvel, um eletrônico, ou qualquer outra coisa que queira se desfazer precisa tirar fotos do objeto, estipular o valor e mandar para Ida, que é quem irá divulgar o produto através do seu e-mail, blog e também pela sua página no Facebook. Vendido o artigo, ela fica com 20% do valor e faz um comprador feliz.

“Eu divulgo as fotos do produto já com os valores para todos os meus contatos e pessoas que sei que podem se interessar. Existe sempre uma conversa com o dono do produto, se a gente vê que muito tempo se passou e não conseguimos vender, diminuímos um pouco o preço até que alguém se interesse”, explica.

Assim como a tradição Família vende tudo, vinda dos Estados Unidos, surgiu como uma maneira de renovar as energias, Ida acredita que o mesmo acontece com as pessoas que a procuram.

“Tanto da minha parte quanto da deles, obter uma fonte de renda não é o principal. É algo como renovar mesmo as energias e passar adiante aquilo que para você já não é mais útil, mas para outra pessoa pode ser”, completa.

VERÔ VENDE
O programador musical e editor de conteúdo Alexandre Bezzi também vende tudo, mas como ele mesmo diz: "muitas vezes com o coração na mão!". O esquema de Bezzi é um pouco diferente do de Ida, já que o foco dele são roupas, calçados, revistas e agora brinquedos.
Dono de um acervo lotado de coisas muito bem-guardadas e conservadas, Bezzi um dia resolveu se desfazer aos poucos desses objetos por dois motivos: ocupavam muito espaço e muita coisa acabava esquecida.

"Tinha muita coisa que estava guardada e eu nem usava mais. Um dia, por exemplo, vi várias jaquetas no meu armário e me dei conta de que no Brasil nem faz tanto frio assim. Além disso, também tinha calças já apertadas", contou. Então com a ajuda da sua sócia, Verônica Hornyansky, decidiu colocar algumas coisas à venda no Tumblr Verô vende.

Enquanto Bezzi reúne acervos pessoais, Verônica garimpa peças de brechós brasileiros e internacionais. “Como cuido muito bem das minhas coisas desde pequeno, ainda tenho objetos da década de 80 que estão em ótimo estado. Verônica também tem o cuidado de revender peças de boa qualidade e em bom estado”, conta.

“É claro que existem coisas que dão um aperto no coração na hora de vender, afinal todas têm uma história em particular. Mas eu penso que é legal passar adiante. O que eu sempre guardei com muito carinho pode ganhar uma nova história nas mãos de outra pessoa", explica Bezzi.

E você, já está pronto para praticar o desapego?

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